Sophie
Kinsella talvez seja minha escritora de chick-lit favorita. O que não quer
dizer muito, pois leio poucos autores do gênero. Meus livros preferidos dela
são “O Segredo de Emma Corrigan” e “Menina de Vinte”. O que me encanta nos romances
da escritora, além da linguagem envolvente e fácil, é o fato de serem
personagens ingleses, possuindo, portanto, um humor e cultura diferenciados.
Aguardava ansiosamente por Fiquei Com Seu Número (I've Got Your Number), o último livro lançado. Não
me arrependi da espera.
“Fiquei
Com Seu Número” foca sua narrativa em torno de um celular. Poppy Wyatt está
noiva e, poucos dias antes do casamento, consegue perder o anel e ter o celular
roubado. Mas por sorte, ela acha outro jogado numa lixeira. Como “achado não é
roubado” ela o pega e passa a utilizá-lo. Até que o dono liga querendo saber o
que está acontecendo. A partir daí somos apresentados a Sam Roxton, um
empresário com quem Poppy dividirá o telefone.
No
decorrer da história somos apresentados ao noivo de Poppy, Magnus, aos pais do
noivo, os Tavish, à Lucinda, a cerimonialista, às melhores amigas de Poppy e a
Sir Nicholas, amigo de Sam, além dos funcionários da White Globe.
É
interessante notar o amadurecimento e crescimento dos personagens principais no
decorrer da trama. Como um influencia ao outro, mesmo involuntariamente. Um dos pontos fortes do livro são as várias
dicas do que vai acontecer que Kinsella oferece durante a leitura, porém, uma
das principais, o medo de compromisso de Magnus, nos é jogado na cara logo no
final, como espécie de saída fácil para que o casal Sam-Poppy possa ficar
junto. O ponto negativo que posso apontar e que me decepcionou um pouco foi o
desenvolvimento do final. Achei muito apressado. Embora tenha tido uma saída
criativa, a escritora se prendeu muito nas inseguranças de Poppy do que no
desfecho, que saiu muito rápido.
As
notas de rodapé são um show à parte. Oferece-nos comentários da protagonista ou
informações complementares. Enfim, este é Kinsella fazendo o que faz melhor:
criar situações inusitadas, personagens engraçados juntando com muito romance e
amadurecimento no decorrer.
A
troca de mensagens e o entrosamento entre Sam e Poppy são divertidíssimos e
cheios de cute moments. Um dos problemas dos casais de Kinsela é que são muito parecidas, exceto por Becky Bloom e Samanta Sweet. Poppy Wyat é apenas uma garota
insegura e intimidada por aqueles que a rodeiam. Ao contrário de Sam, que é
sério, profissional e objetivo. Momentos marcantes: Poppy cantando “Mr. Yamasaki”
no ritmo de “Single Ladies”, trapaceando nas Palavras Cruzadas, a conversa que
tem no restaurante com Sam e todos os emails e conversas da/com Bruxa Willow. E é
claro, vermos Sam louco com todos os emails que Poppy enviou no nome dele.
Agora é só esperar o "Quem Vai Dormir Com Quem?".
Agora é só esperar o "Quem Vai Dormir Com Quem?".
“Sorria. Continue sorrindo. Não
olhe nos olhos dele.
Mas
não consigo evitar. Eu olho.
E meus
olhos ficam quentes de repente. Merda. Merda.
Isso não acontece há anos. Anos.
— Não
me olhe assim. — Murmuro com intensidade, olhado com raiva para a mesa.
—
Como? — Sam parece alarmado.
— Como
se entendesse. — Eu engulo em seco. — Para. Só para com isso.”
(KINSELLA,
2012, p. 235)
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