Livro: O Mistério do Trem Azul
Título original: The Mystery of The Blue Train
Publicação: 1928/Inglaterra
Autor: Agatha Christie
RESUMO DA OBRA
TRECHOS
— Mas eu sou um bom detetive. Desconfio. Não há
ninguém nem coisa nenhuma que eu não suspeite. Não acredito em nada do que me é
dito. Pag. 290
Em O Mistério do Trem Azul, temos o Trem Azul,
também conhecido como o Trem dos Milionários, que, numa viagem, abriga Miss Katherine Grey, uma
nova rica que lê romances policiais e acredita que as histórias não acontecem
na vida real, Mrs. Ruth Kettering, que acabou de ganhar rubis do pai
norte-americano Mr. Van Aldin e outros personagens que estão lá por
coincidência… ou não. De qualquer forma, Mrs. Ruth é assassinada. As suspeitas
caem em seu marido, o temperamental Mr. Derek Kettering (que vai herdar uma
fortuna por isso) e também no Comte de la Roche, o amante de Ruth. Em diversos
momentos ficamos tentados a acreditar que um dos dois homens é realmente o
assassino, e isso pode ser verdade, porém os diálogos e pistas nos levam a
diversos caminhos. O que sabemos com certeza é que Miss Grey teve uma longa
conversa com Mrs. Kettering e horas depois a segunda morreu. Há outros
personagens, como o secretário de Mr. Aldin, o major Knighton que se apaixona
por Miss Grey e a família desta, que considera que a moça está vivendo uma
incrível história e tem uma sorte imensa por estar envolvida num caso de
assassinato, além da criada de Mrs. Kettering, Ada Mason, que é um tanto
indecisa, e dos homens da polícia. E, é claro, o detetive Hercule Poirot, com a
cabeça oval, o entusiasmo de sempre e a percepção incrível.
COMENTÁRIOS
A presença de
Hercule Poirot é o que faz rir. Seu jeito de ser, o modo como pensa que é o
maior detetive do mundo e como às vezes reconhece que as pessoas riem dele,
suas atitudes impulsivas e aparentemente malucas, tudo isso faz parte da
personalidade do detetive que o mundo externo raramente sabe o que está
pensando. Sobre o caso do assassinato, são muitas informações e até o leitor
ligar todos os detalhes, pode ser que Hercule Poirot o faça antes. Agatha
Christie é conhecida por seus romances policiais, e conduz o leitor direitinho
pelo caminho… errado. É claro, só o detetive pode descobrir tudo.
A linguagem é
bem rápida e há sentimento também. Não no início, mas lá pelo fim, quando
Poirot tem uma amiga e quer cuidar dela, e as reações dela com os amores também
é muito interessante. Apesar de sucinto, Christie consegue transmitir emoções e
arrancar, de uma história sombria por envolver assassinato, alguma beleza e
lições sobre a vida.
TRECHOS
— É possível que seja apenas minha imaginação —
disse o homenzinho, enquanto polia eficientemente um dos garfos —, mas creio
que tem uma certa ansiedade por participar de acontecimentos interessantes. Eh bien, Mademoiselle, a minha vida
inteira tenho observado uma coisa: ‘Obtém-se tudo o que se quer!’ Quem sabe? —
Seu rosto contraiu-se de maneira cômica. — É possível que receba mais do que
esperava! Pag. 85
— Meu nome é Hercule Poirot — disse
tranquilamente —, e sou provavelmente o maior detetive do mundo. Pag. 148
— Esta é Miss Grey. Sabe aquela encrenca do
Trem Azul? Ela estava metida até as orelhas! Conversou horas com Ruth Kettering
logo antes dela ser assassinada! É uma sorte incrível, não é? Pag. 163
— A senhorita confessou que lê história de
detetive, Miss Grey. Deve saber que qualquer pessoa com um álibi perfeito é
sempre mais que suspeita.
— E acha que a vida real também é assim? — perguntou
Katherine, sorrindo.
— É possível. Seja como for, se eu fosse um
criminoso profissional, não gostaria de ter Hercule Poirot atrás de mim. Pag.
174
— Dê-me um momento, Monsieur. Eu, eu tenho uma pequena ideia. Há muita gente que se tem
rido das ideiazinhas de Hercule Poirot — mas sempre se enganaram! Pag. 181
— (…) Sua reputação é má, eu sei; mas com as
mulheres — isso nunca é realmente um empecilho. Se o senhor fosse um homem de
excelente caráter, de estrita moralidade, que jamais tivesse feito nada que não
devesse e — possivelmente — feito tudo o que deveria ter feito — eh bien! então eu teria dúvidas quanto
ao seu sucesso. O mérito moral, é preciso que compreenda, não é romântico. Ele
é, no entanto, apreciado pelas viúvas. Pag. 202
— Voilà
— disse o estranho, arriando numa cadeira de braços de Madeira — eu sou Hercule
Poirot.
— Sim, Monsieur?
— Não ouviu falar de mim?
— Jamais — disse Hipolyte.
— Permita-me informá-lo de que sua educação é
falha. Meu nome está entre os grandes deste mundo. Pag. 253
— (…) Vocês contam mentiras e ficam pensando
que ninguém vai saber. Mas há duas pessoas que sabem. Sim — duas pessoas. Uma é le bon Dieu…
Ele levantou uma mão para o céu, depois
recostou-se na cadeira, fechou os olhos e murmurou, refestelado:
— E a outra é Hercule Poirot. Pag. 254
— Um espelho diz a verdade, mas cada um olha para o espelho de uma posição
diferente. Pag. 278
POIROT!!!!!!! *-* Adoro demais. :D
ResponderExcluirAgatha foi uma escritora sensacional.. qualquer livro dela vale a pena ser lido. ;)
Um abraço!
http://universoliterario.blogspot.com.br/
Oi, Fran! Também concordamos. Na verdade, Agatha Christie foi uma das autoras mais importantes na formação de mim e da MsMitchell.
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