Hoje, com a considerável liberdade que temos,
podemos dizer que somos capazes de tudo. É claro, a situação da mulher nem
sempre foi assim. O movimento feminista, que se iniciou há uns duzentos anos e teve
força durante a década de 1920, até hoje dá seus frutos, pois cada dia nota-se
mais conquistas da mulher na sociedade.
Mas como é um blog sobre livros, vamos discutir a
mulher, não qualquer mulher, mas uma escritora chamada George Sand. Estranhou o
nome? Calma! Iremos explicar mais à frente.
George Sand, em sua juventude |
Quando estudamos literatura, os nomes femininos
importantes só começam a aparecer lá pela metade do século 19. Ou seja, com
Jane Austen, as irmãs Brontë, Harriet Stowe... e por aí vai. Mas saiba que não
é porque as mulheres não tivessem ideias ou não escrevessem bem, mas porque,
assim como em outros setores da sociedade, a mulher devia deixar a ocupação de
pensar para o ‘gênero superior’. Algumas das mulheres que não acreditavam nisso
infelizmente tinham que publicar suas ideias, obras e artigos sob o pseudônimo
de um homem.
Devido a isso, a justa homenageada deste dia da
mulher se chama George Sand.
Considerada uma das precursoras do feminismo, George
Sand na verdade era Amandine Aurora Lucile Dupin, baronesa de Dudevant, nascida
em 1804 e falecida em 1876.
Ao perder seus pais cedo, ela é criada pela avó, que
a manda para o convento. Lá, começa a criar pequenas peças de teatro para as
amigas e essas são um sucesso. Na vida adulta conhece e socializa com várias
personalidades famosas, tais como o músico Chopin (de quem se tornou amante), o
poeta Alfred de Musset, a atriz Marie Durval e o escritor Jules Sandeau, que
criou para ela o pseudônimo George Sand.
Dessas convivências, George Sand foi apresentada às ideias socialistas e
liberais. Defensora da emancipação feminina, a escritora usava
trajes masculinos. Seus romances, geralmente idealistas, conquistaram as
pessoas naquele começo de século 19. Entre as mais de cem obras, encontram-se
os clássicos Indiana, Valentine, Lélia e A Pequena Fadette, único livro da autora no Brasil. A Pequena Fadette é a história de uma garota órfã pobre que se apaixona por um jovem rico e encontra obstáculos para o romance porque a família dele não a aceita, por sua pobreza e pelo estigma de ser considerada bruxa.
A obra de George Sand foi bastante influente, chegando a inspirar
escritores como Turguêniev e Dostoiévski.
"Nunca as mulheres são tão fortes do que quando se armam com as suas fraquezas."
George Sand
Escrito por MsMitchell
Adoro suas postagens, porque são sempre bem informativas e diferentes do que costumamos ver sempre. É bom estarmos sempre por dentro desse aparato histórico, porque é assim que tudo iniciou. É a nossa história e daquilo que nos interessa! Muito bom. Parabéns!
ResponderExcluirAhhh, ótima a frase de desfecho da postagem. ;)
Um abraço!
http://universoliterario.blogspot.com.br/
Muito obrigado pelo comentário Francielle. De fato tentamos nos diferenciar dos outros blogs do gênero e trazer informações que consideramos relevantes para a compreensão da literatura, seja ela qual for. Acreditamos que a história e os acontecimentos que causaram o que vemos hoje são tão ou mais importantes quanto.
ExcluirEssa postagem me ajudará muito em um artigo que estou escrevendo*---* Muito obrigada pelo excelente trabalho, beijoos.
ResponderExcluirFeliz em poder ajudar. Boa sorte com seu artigo!
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