Hugo
Cabret é um órfão na Paris dos anos 30. Criado pelo tio que cuida dos relógios
da estação de trem, Hugo aprende a profissão. Quando o tio desaparece, o garoto
continua desempenhando a função, tanto que o povo não dá falta desse. A maior
parte da narrativa ocorre na estação de trem e das observações cotidianas que
Hugo faz dos diversos tipos que a percorrem, como o guarda que manca e o cachorro
que o acompanha e a paixão que nutre pela florista.
Hugo possui
um pequeno robô/autômato quebrado, que seu pai havia achado no museu e tenta consertá-lo
todos os dias, pois acredita que trará uma mensagem de seu pai. Na loja de
Georges, Hugo desenvolve uma amizade com a sobrinha deste, Isabelle, que o leva a
conhecer mais sobre livros e cinema. E é nessas aventuras que juntos descobrem um
segredo sobre o tio Georges. Tal segredo mudará a relação deles com o velho e
com o brinquedo que Hugo mantém escondido.
A Invenção de Hugo Cabret é um deleite para aqueles que,
como eu, gostam tanto de ler quanto de cinema. Porque o livro em si é uma
homenagem àquele que é considerado junto com os irmãos Lumière, Pai do Cinema
assim como Pai dos Efeitos Especiais. O livro resgata bastante desta história tanto
apreciada, para as novas gerações que nada conhecem ou pouco sabem sobre os
primeiros anos da sétima arte.
Hugo não é sobre o garoto, mas sobre
o segredo que ele carrega, pois foi do autômato que mantém escondido que nasceu
uma das primeiras câmeras de Georges Méliès. Foi dele que surgiram os primeiros
efeitos especiais, o nascimento da ficção cientifica no cinema e a arte de
criar sonhos.
Com
ilustrações que imitam um projetor e que remetem a sensação de movimento, o
livro é envolvente e delicioso. Assim como o cinema, o livro aproveita as
imagens para compor a narrativa. As ilustrações são tão essenciais quanto o
texto. Texto, aliás, devorado
rapidamente. Hugo não é recomendado
somente aos apreciadores de cinema ou crianças, mas a todos que prezam uma boa
história. Recomendável para todas as idades. Um dos melhores livros que li este
ano. Mas não se deixe enganar pela grossura do livro ou pelo número de páginas (mais de 500). Tal quantidade é necessária para conter todas as ilustrações que o compõe.
De
2007, A Invenção de Hugo Cabret é ilustrado e escrito por Brian Selznick,
premiado escritor juvenil, cuja paixão pela sétima arte já está no sangue: o
autor é parente distante do grande produtor David O. Selznick (aquele de ...E O
Vento Levou).
Recomendo
uma visita ao site oficial do livro, para quem conhece inglês. É puro deleite.
Adorei a forma como tu escreveu sobre o livro, está na minha estante há séculos e ainda não dei uma chance para ele, mas depois deste texto delicioso vai ser minha próxima leitura :)
ResponderExcluiraté mais...
Leia, vale a pena. E, claro, depois assista o filme de 2011.
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