tag:blogger.com,1999:blog-49868768163263077132024-02-20T05:26:46.038-03:00As Mil e Uma Noites"A arte é uma magia que liberta a mentira de ser verdadeira"
Theodor AdornoMsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.comBlogger87125tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-73723650064560979272014-12-19T17:57:00.000-02:002014-12-19T17:57:40.344-02:00 O Livro das Princesas, Meg Cabot - Paula Pimenta - Lauren Kate - Patrícia Barboza<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> O Livro das Princesas</i>, lançado em 2013
no Brasil, é uma coletânea de contos de fadas modernizado. Quatro escritoras de
grande sucesso entre o público infanto-juvenil e jovem adulto se uniram para
nos contar novas histórias baseadas nos contos clássicos que conhecemos. Além
dessa seleção especial de autoras, o livro é recomendado por uma das princesas
mais conhecidas da literatura juvenil, a Sua Alteza Real, Princesa Mia
Thermopolis, de Genovia (personagem criada por Meg Cabot em <i>O Diário da Princesa</i> que virou
Best-seller e foi inspiração para dois filmes da Disney).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> Meg Cabot</b>, autora estadunidense famosa
por <i>A Mediadora </i>e <i>O Diário da Princesa</i>, contribuiu com a
pequena história baseada no conto <i>A Bela
e a Fera</i>, com o título <i>A Modelo e o
Monstro</i>. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnN3Peh2VOGsN14vxL8bATYurMsMPoHDgjtRQ8NshPIDP_p8iRp4BbwDUqym4MxxKUNQWAcYxVgol2HULElMcn27bKb42BuzLNx7t0CRP8TiEYO6DUzD8GZRxlIvQYqVlmztH5sYoH2dly/s1600/MC.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnN3Peh2VOGsN14vxL8bATYurMsMPoHDgjtRQ8NshPIDP_p8iRp4BbwDUqym4MxxKUNQWAcYxVgol2HULElMcn27bKb42BuzLNx7t0CRP8TiEYO6DUzD8GZRxlIvQYqVlmztH5sYoH2dly/s1600/MC.jpg" height="400" width="263" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meg Cabot, autora de <br />
A Modelo e o Monstro</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Belle e Adam
conseguem muito bem atrair a atenção de qualquer pessoa. No entanto, as razões
para que isso aconteça são controvérsias. Ela é uma linda modelo; ele, um rapaz
que vive no escuro para que ninguém o veja e se assuste… Eles se conhecem num
cruzeiro </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">luxuoso que zarpa de Miami a São Paulo, numa situação pra lá de
desagradável. Sendo salva por Adam, Belle sente-se na obrigação de agradecê-lo
pessoalmente – será que estão preparados para julgar e serem julgados por sua
aparência?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Leio Meg Cabot
desde que estava na pré-adolescência. Ela sempre fez com que eu me divertisse
com suas histórias, me ensinou que a literatura é universo lindo para se viver.
Esse conto não conseguiu transmitir a mim a sensação de que a história era
real, que poderia acontecer. Ficou aquele pensamento de que se talvez fosse um
pouco maior a história, melhor as personagens estariam inseridas no mundo que
imita a realidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— (…) Ficou tão preocupado de eu não gostar de você
pela </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">sua aparência que nem me deixou vê-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Ora essa, e eu tinha razão, não tinha? No segundo </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">em que viu meu rosto, você desmaiou. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(CABOT, Meg. <i>O Livro das Princesas, </i>A Modelo e o Monstro, pag. 56)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> </span><b style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Paula Pimenta</b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">, autora brasileira
conhecida pelas séries </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Fazendo Meu Filme</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">
e </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Minha Vida Fora de Série</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">, escreveu </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Princesa Pop, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">baseado no conto </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Cinderela</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBWnX9lm7E5QRuxD1u-PQrPSOvs3gNPhD50LA749gQex-JU7XV8emN1LIbM8zsaYmy7kSGuBOtyl2-Yh3t0B9nFfA0xwhnkNhtyNDWEb4Rio9AB4yEYJHG9bh_1e_xk9KOYDvu4rpTkyu8/s1600/PP.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBWnX9lm7E5QRuxD1u-PQrPSOvs3gNPhD50LA749gQex-JU7XV8emN1LIbM8zsaYmy7kSGuBOtyl2-Yh3t0B9nFfA0xwhnkNhtyNDWEb4Rio9AB4yEYJHG9bh_1e_xk9KOYDvu4rpTkyu8/s1600/PP.jpg" height="320" width="296" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paula Pimenta, autora de Princesa Pop</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Com muita
cautela e amarrando todos os pontos, Paula Pimenta conta-nos a história de
Cintia Dorella, uma garota de 17 anos que vive com a tia e divide seu tempo
entre a escola e o trabalho como DJ à noite (o combinado é que chegue em casa
sempre a meia-noite em ponto!). Um comunicado da diretora da escola muda o rumo
da história de Cintia. A diretora proibiu celulares no ambiente escolar, e como
Cintia conseguirá conversar com a mãe, que mora atualmente no Japão, agora que
não poderá usar a tecnologia no único horário que o fuso horário permite? Numa
ação desesperada, Cintia liga para o pai pedindo para que ele convença a
diretora a mudar de ideia, porém o pai quer algo em troca. Quer que Cintia
compareça à festa de aniversário de 15 anos das filhas de sua nova esposa.
Coincidentemente, Cintia também será a DJ nessa festa, mas o pai não pode
descobrir; ainda bem é festa fantasia! Na festa, conhece o famoso Fredy Prince,
o cantor “príncipe” das adolescentes brasileiras. E ele gosta tanto dela, mesmo
sem ter visto seu rosto, que está disposto a enfrentar a imprensa para
conseguir vê-la novamente e poder entregar o tal sapatinho de “cristal” – um
All Star customizado. Mas será que a bruxa má (a madrasta) e as bruxinhas
(filhas da madrasta) irão deixar que eles se encontrem?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Esse é o conto
mais longo de todos que compõe essa antologia. Quem acompanha a Paula Pimenta
sabe como essa escritora não poupa palavras para deixar o texto bem coerente e
a história fluida, que consegue envolver o leitor e ainda o faz se identificar.
Já li outros livros da autora (até agora suas duas séries), e espero continuar
a ler mais. Ela faz qualquer história parecer mais que especial, e deu um novo
sabor à famosa Cinderela.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Mas quem sabe, né? Às vezes uma pessoa
especial pode </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">estar bem na nossa frente e não conseguimos enxergar pelo </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">fato de
ela estar escondida atrás de um disfarce, fingindo ser quem não é…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
(PIMENTA, Paula. <i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O Livro das Princesas, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Princesa Pop, pag. 113)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> Lauren Kate</b>, autora estadunidense que
fez sucesso com <i>Fallen</i>, trouxe uma
nova perspectiva para a história <i>A Bela
Adormecida</i>, aqui sob o título <i>Eclipse
do Unicórnio</i>. Mesclando o mundo fantástico com o real, Lauren Kate recria a
profecia da Bela Adormecida. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS9L6AmusRaV7yMNSh_yf33us68cghEel7-6lXKYythLTBzAu0JwUfiMc4RSkKHTe81hnF-UXoz-qxx7jnOyc1bki4O4gMLA60ucXQQBIkGYMcUw033SGNTyz2A-MX4cnef0tXXOi9sbS7/s1600/LK.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS9L6AmusRaV7yMNSh_yf33us68cghEel7-6lXKYythLTBzAu0JwUfiMc4RSkKHTe81hnF-UXoz-qxx7jnOyc1bki4O4gMLA60ucXQQBIkGYMcUw033SGNTyz2A-MX4cnef0tXXOi9sbS7/s1600/LK.jpg" height="320" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lauren Kate, autora de Eclipse do Unicórnio</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Aqui, em seu
nascimento, a princesa Talia recebe os anjos e o Anjo da Justiça, agora
conhecido como Darnile, presenteia o bebê com uma promessa de ferida fatal
quando cobiçar o unicórnio alheio; o Anjo do Amor, que ainda não tinha dado seu
presente, tenta moderar a situação, fazendo com que, quando a princesa se ferir
com o chifre do unicórnio, não morrerá, mas cairá em sono profundo até que, em
dia de eclipse e na presença de um unicórnio e algo mais, ela poderá acordar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Percy é um
garoto de Baltimore, nos EUA, que está com o coração partido porque a namorada
decidiu ficar com outro garoto. Abatido, ele parte numa excursão escolar à
França e, pensando que viajar seria o maior tédio e ainda mais triste por estar
num país romântico, ele se descobre numa aventura fantástica ao encontrar um
unicórnio belíssimo que atende pelo nome de Rose.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O conto de
Lauren Kate me fascinou. Sua escrita é delicada, pinta um cenário coerente e em
poucas páginas conseguiu construir o que considerei uma boa história, numa boa
dose de fantasia e realidade. Essa foi minha única leitura desta autora, e fico
feliz por tê-la lido; espero conhecer suas outras obras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Seu sonho parecia um conto de fadas. E aquele
tipo de fantasia </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">não se torna realidade. Não para caras como Percy. Entretanto, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ele estava postado na beira do altar, curvando-se para uma menina </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">linda e
adormecida, medindo a distancia entre os lábios dela e os dele. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;">(KATE, Lauren. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">O Livro das Princesas, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Eclipse do Unicórnio, pag. </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">233)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b> Patrícia Barboza</b>, autora brasileira que
encanta o público infanto-juvenil com as histórias das meninas de <i>As Mais</i>, escreveu <i>Do Alto da Torre</i>, baseado em <i>Rapunzel</i>.
</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5g9WuM3HHOb-SpAlaf1mWvqyD1aAlazYCOg4fjpTNFC_gESm3AivOS0xCuVJ7zu2XSIZvhayX3zL8PUYJ_wZSer5krteJXPsoGHGsSJE1-pjlXet6eTo0cC__CiV8LX87YGCkRyrxLGOf/s1600/PB.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5g9WuM3HHOb-SpAlaf1mWvqyD1aAlazYCOg4fjpTNFC_gESm3AivOS0xCuVJ7zu2XSIZvhayX3zL8PUYJ_wZSer5krteJXPsoGHGsSJE1-pjlXet6eTo0cC__CiV8LX87YGCkRyrxLGOf/s1600/PB.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Patrícia Barboza, autora de Do Alto da Torre</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Numa tentativa
ousada de trazer o conto para a modernidade e preservando as características
marcantes da Rapunzel, a personagem principal de Patrícia Barboza é a Camila
Soares, do Rio de Janeiro, uma garota que desde os 11 anos foi proibida de cortar
o cabelo por conta de uma promessa que sua tia fez. A tia aqui é a madrinha,
porém não é má, e a torre da história é um nome carinhoso que Camila deu ao
apartamento no 12º andar. Camila adora cantar e seu melhor amigo posta seus
vídeos cantando Katy Perry na internet, sob o nome de Mila Tower. É sabido que
no colégio muita gente gosta da Mila Tower, porém será que gostarão da Camila
Soares também?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Confesso que
esperava mais dessa história. Ainda não tive a oportunidade de ler a série </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">As Mais</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">, e sempre tive curiosidade para
saber o estilo de escrita da Patrícia, como suas ideias se punham no papel. Não
me decepcionei, só tive a sensação de que faltava um tempero; talvez se a
história fosse mais longa eu conseguisse sentir isso, ou talvez minhas
expectativas fossem demasiadas altas, pois várias resenhas na internet
elogiaram esse conto. Gostei do destino final que teve a cabeleira da Camila,
achei interessante como a garota usou seus recursos para fazer o bem. A relação
dela com sua tia me pareceu muito especial, conseguiu transmitir a preocupação,
o carinho e amor entre as duas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXnZByL7ROxpTwPwB49r8DmA6eYs6RGzDK2uBcMsnOuZK-TBwVV7f14uDygEi579d3ZeISDC2y_HM9vcVhM1R6jgGBhul6iaYb4eYdJ9vKtqqcn26frLfoDPBtvexk7VW2cYlXpors2P-d/s1600/LP.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXnZByL7ROxpTwPwB49r8DmA6eYs6RGzDK2uBcMsnOuZK-TBwVV7f14uDygEi579d3ZeISDC2y_HM9vcVhM1R6jgGBhul6iaYb4eYdJ9vKtqqcn26frLfoDPBtvexk7VW2cYlXpors2P-d/s1600/LP.jpg" height="320" width="207" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Antologia de contos modernos,<br />
com Cabot, Pimenta, Kate e Barboza</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— E como seria a princesa de verdade dos dias
atuais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Ah, uma princesa sem frescura! — Ela levantou
e começou a rodopiar pela sala. — Que corre atrás do que quer. Que é decidida,
destemida. Desistir dos sonhos por causa do suposto príncipe, para poder ficar
com ele? Princesas modernas nunca fazem isso! Se o príncipe quiser acompanhá-la
e dar todo o apoio, ótimo. Até porque, se ele não entender as necessidades da
princesa, não é príncipe, mas um tremendo de um sapo. E nada de chorar! O mundo
é muito grande e cheio de gente para se gastar tempo chorando por causa de uma
única pessoa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="text-align: center;">(BARBOZA, Patrícia. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">O Livro das Princesas, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">Do Alto da Torre, pag. </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">253)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-61675070324813923862014-11-16T16:49:00.000-02:002014-11-16T16:49:05.743-02:00Divã, de Martha Medeiros<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou
estrategista, batalhadora, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico
terna, delicada. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa
só, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MEDEIROS, Martha. <i>Divã, </i>pag. 11)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Divã</span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> é a primeira novela escrita por Martha Medeiros,
lançada em 2002. Consagrada pela crítica, recebeu os seguintes elogios da
autora Lya Luft: “Gosto demais do que Martha escreve: toca em sentimentos sem
ser sentimentaloide, é bem-humorada sem ser superficial, é irônica sem ser
maldosa.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Divã </span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">conta a história de Mercedes, uma mulher com mais de
40 anos que procura a psicanálise. É casada, tem filhos, é professora
particular de Matemática e parece viver uma vida comum, uma vida pacote de
classe média, onde tudo aparentemente acontece sem novidades, sem exageros, sem
grandes emoções. Mercedes quer se entender, quer dar a voz à mulher que existe
dentro dela, que é mais ousada, mais faminta por novas vibrações. Lopes é seu
psiquiatra, o homem a quem dirige todas as falas, que a ajuda a raciocinar quem
é a Mercedes que quer se mostrar ao mundo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não estou vivendo perigosamente. Troque o
perigosamente por intensamente, inconsequentemente, apaixonadamente. Não há
perigo. Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e
nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual
de instruções. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MEDEIROS, Martha. <i>Divã, </i>pag. 61)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7orFATDA_OAAxbVbVvEJQ21UUY1Zyon0U1wJMEuEaYBtB_2ynmxVYuF_D_I9qwTpGiw4Lh_Xg44b7W0Yubhr206G5GtfAX9NgnVwgc54rBGGkKu06qHhUCb_SJ198NNNUqdo-dJAY7pvz/s1600/D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7orFATDA_OAAxbVbVvEJQ21UUY1Zyon0U1wJMEuEaYBtB_2ynmxVYuF_D_I9qwTpGiw4Lh_Xg44b7W0Yubhr206G5GtfAX9NgnVwgc54rBGGkKu06qHhUCb_SJ198NNNUqdo-dJAY7pvz/s1600/D.jpg" height="320" width="208" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Divã, de Martha Medeiros</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O livro é narrado por Mercedes, no consultório,
falando com Lopes. Por três anos manteve regular sua ida ao psiquiatra. Em três
anos de sua vida e em cerca de 160 páginas, os leitores podem observar de perto
a transformação de uma mulher ansiosa por sair da acomodação que vive com o
marido e os filhos, e migrar para uma vida de aventuras, de novas ideias e
sentimentos transbordantes que antes pensava que não ia sentir. É uma linha do
tempo, porém com momentos de lembranças do passado, da mãe que morreu quando
Mercedes era criança, dos namorados antigos, da sensibilidade aos barulhos do
marido Gustavo que se tornaram quase indistinguíveis do silêncio, da sua
relação com Mônica, sua amiga, e a narrativa da trajetória recente, dos amores
recentes, da filosofia em constante mudança, da metamorfose do corpo e das
impressões deixadas pela idade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Divã</span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> possui uma narrativa muito especial: nos leva ao
consultório do psiquiatra Lopes, nos permite relaxar numa poltrona e ouvir o
que essa mulher tem a dizer sobre sua vida. Conheci o filme primeiro e por ter
gostado tanto, fiquei muito feliz ao saber que tinha sido originado a partir de
um livro, que finalmente tive a oportunidade de ler na íntegra. Apesar de ser
sobre uma mulher com seus 40 anos, é um livro sobre experiências e, portanto, várias
faixas etárias podem aprender/refletir sobre o que foi escrito.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Divã </span></i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">foi adaptado para o teatro e depois cinema, em 2009, com o filme homônimo, estrelado
por Lilia Cabral, José Mayer como Gustavo, Alexandra Richter como Mônica e dirigido por José Alvarenga Jr. e para a televisão, todos com Lilia Cabral.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vidas não são entregues em kits personalizados,
compostos </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">por dois sonhos, meia dúzia de projetos e uma única maluquice: </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">essa
costuma ser a munição que cada pessoa recebe ao nascer, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">para que a ordem seja
mantida na sociedade. Eu aceito a parte que </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">me toca, mas ninguém me impede de
incrementar o dote. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MEDEIROS, Martha. <i>Divã, </i>pag. 168)<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-52076307125187851022014-10-19T13:09:00.000-02:002014-10-19T13:09:55.253-02:00O Mágico de Oz, livro vs filme<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">"Quem imaginaria que uma boa
garotinha poderia destruir minha bela maldade?" </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— A Bruxa Má do Oeste</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <i>O Mágico de Oz </i>(The Wizard of Oz) é um filme lançado em 1939 baseado na famosa história escrita por L. Frank Baun (<i>The Wonderful Wizard of Oz</i>). Foi dirigido por Victor Fleming e estrelado por Judy Garland como Dorothy Gale, Frank Morgan como o Mágico, Billie Burke como Glinda, Margareth Hamilton como Bruxa Má do Oeste, Ray Bolger como Espantalho, Bert Lahr como o Leão Covarde e Jack Haley como o Homem de Lata.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitcajEAcmaWKPdpTxDIuwrTrtm1_2uHkX5T4WVmwZ3jPtw6_xgIxghvBk4nsbX9FuuQ7jaqs3EvpXNXQ9053TT6OkzJqtKOqLpYj4MOayOLO7AYuUPATWP-PV9OtRrDHNVBf1IsZMh4VxA/s1600/OMDO.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitcajEAcmaWKPdpTxDIuwrTrtm1_2uHkX5T4WVmwZ3jPtw6_xgIxghvBk4nsbX9FuuQ7jaqs3EvpXNXQ9053TT6OkzJqtKOqLpYj4MOayOLO7AYuUPATWP-PV9OtRrDHNVBf1IsZMh4VxA/s1600/OMDO.jpg" height="400" width="277" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Mágico de Oz, filme de 1939</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <i>O Mágico de Oz </i>conta a história de Dorothy Gale, uma garota que vive com os tios e seu cachorro Totó em Kansas, nos Estados Unidos. Após um tornado, sua casa aterrissa na Terra de Oz e, apesar de o lugar ser belo, Dorothy quer voltar para casa com Totó, assim iniciando sua jornada em que irá conhecer três personagens únicos que a acompanharão durante a caminhada pela estrada de tijolos amarelos até o Mágico de Oz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A introdução do filme é mais
longa que as primeiras páginas do livro. No primeiro, temos cenas com várias
pessoas na fazenda dos tios de Dorothy, tia Em e tio Henry, e </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">ocorre uma confusão
com Almira Gunch que é dona de quase metade do condado e que quer prender o
cachorro de Dorothy, pois ele a mordeu: o acumulado de pessoas que nestes
momentos não dão muita atenção ao que Dorothy tem a dizer e o fato de seu
cachorro correr o risco de ser levado embora faz Dorothy fugir de casa. Após
encontrar um senhor que lê bola de cristal, a garota volta para casa pois pensa
que tia Em está doente. E apenas aí começa o tornado, que a leva até a Terra de
Oz. No livro, o tornado ocorre nos primeiros momentos, sem dar espaço para
introdução de outros personagens que não tia Em, tio Henry, Dorothy e Totó.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A casa flutuando pelos ares e a
transição de um filme que de início é sépia para um arco-íris tão belo e vivo
são marcas de <i>O Mágico de Oz</i>. Quando Dorothy chega a Oz, na terra dos pequenos Munchkins,
eles a honram por sua casa ter caído em cima da Bruxa Má do Leste. Nesta cena
ela conhece Glinda, a Bruxa Boa do Norte, que dá os famosos sapatos rubis para
a garota. Sua jornada começa com o desejo de voltar para casa, em Kansas, e,
para isso, é necessário encontrar o grande e poderoso Mágico de Oz, que poderá
realizar seu desejo. No caminho, Dorothy conhece o Espantalho, o Homem de Lata,
o Leão Covarde e juntos passam por dificuldades, porém continuam persistindo
pois têm desejos, sendo cérebro, coração e coragem, respectivamente, para os
novos amigos de Dorothy.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/1HRa4X07jdE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Primeiro conheci o filme, depois
o livro, embora sempre soubesse da existência do último. Tinha gostado, o
visual era interessante, as falas eram cativantes, porém achava as músicas
cansativas. Agora que assisti novamente, sabendo então os verdadeiros diálogos,
as aventuras completas desse grupo, aproveitei melhor o filme. Desta vez, as
músicas de introdução dos novos amigos de Dorothy foram especiais para mim,
assim como <i>Over the Rainbow</i>, que é clássica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Vários detalhes não tiveram
espaço no filme, o que não quer dizer que ficou vazio; na verdade,
pensando em tudo o que acontece no livro, talvez ficasse até exagerado colocar
todas as cenas originais. Os personagens da pequena história antes do furacão existem apenas no filme.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <i>O Mágico de Oz </i>ganhou o Oscar por
Melhor Música Original pela canção “Over the Rainbow” e Melhor Trilha Sonora
Original, sendo indicado em mais quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Cinematografia
em Cores, Melhor Direção de Arte, Melhor Efeito Especial, além de concorrer a
outros prêmios importantes. Judy Garland recebeu o Oscar juvenil por reconhecimento de sua atuação neste filme.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFLjYk-r7RzIz7HrH25u9NBP_MmES_M9Le28bMHpZ_0yOa1_VnLafpJ5OjQrQmMQ1l6G5nkv_8Z1nwSHjT6ZUpQ5bqsEWHuodj0gt6utdLZ2nT8AsWt6xivGEnlqObZmV_SkYIUeecywFQ/s1600/Almira+Gunch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFLjYk-r7RzIz7HrH25u9NBP_MmES_M9Le28bMHpZ_0yOa1_VnLafpJ5OjQrQmMQ1l6G5nkv_8Z1nwSHjT6ZUpQ5bqsEWHuodj0gt6utdLZ2nT8AsWt6xivGEnlqObZmV_SkYIUeecywFQ/s1600/Almira+Gunch.jpg" height="233" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">You better watch this movie, or I will send monkeys after you!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-50733608289408592882014-10-04T15:47:00.000-03:002014-10-04T15:47:53.779-03:00O Dia em Que Nate Entrou Para a História , de Lincoln Peirce<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> O Dia em Que Nate Entrou Para a História </i>(Big Nate in a Class By
Himself), de Lincoln Pierce, lançado em 2010 nos Estados Unidos, é mais uma
história sobre um garoto que gosta de criar tirinhas e que apronta muito na
escola ou onde estiver. No estilo <i>Diário
de Um Banana</i>, e recebendo a aprovação do próprio Jeff Kinney “Nate é muito
engraçado, um sucesso”, o primeiro volume da série traz muitas risadas, escrita
leve e rápida e vários desenhos divertidos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifETFD_LnkX2eSUbrWsN5qHSFlXfXuEujnrs3E5N9iBBnxALHOEJNMWOLTf8yaMeTH6d89OfcnlZqji4_Ytni0qxs-9Bv4C-YyEF_EAEO6m-W8oz2j0Qj-KDdcZ5Mmx_eiOOKpvCAkTl4R/s1600/ODEWQNEPAH.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifETFD_LnkX2eSUbrWsN5qHSFlXfXuEujnrs3E5N9iBBnxALHOEJNMWOLTf8yaMeTH6d89OfcnlZqji4_Ytni0qxs-9Bv4C-YyEF_EAEO6m-W8oz2j0Qj-KDdcZ5Mmx_eiOOKpvCAkTl4R/s1600/ODEWQNEPAH.jpg" height="320" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Dia em Que Nate Entrou Para a História<br />
de Lincoln Peirce</td></tr>
</tbody></table>
Após abrir um biscoitinho da
sorte com os dizeres “Hoje você vai superar todos os outros”, Nate sabe que seu
dia será espetacular. O que ele não esperava é que quase tudo desse errado, mas
mesmo assim continuou a procura por aquilo que o faria superar todos os outros.
Com a companhia fiel de Francis e Teddy, as aventuras do menino de cabelo
espetado que sempre é mandado à sala de castigo estão apenas começando.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Gostei do livro porque não é pretensioso. Fala sobre coisas que as crianças gostam de fazer, de brincar com os amigos e tentar se destacar no meio estudantil, através da comédia. Esses livros, "romances em quadrinhos" que estão cada vez mais conquistando as pessoas, são exclusivos para diversão. Diferente da série <i>As Aventuras do Capitão Cueca</i>, esses novos romances em quadrinhos são sobre meninos e meninas normais, que frequentam a escola, têm amigos, têm sonhos e possuem imaginação hiperativa, porém no universo da ficção que mais se assemelha à vida real.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O Dia em Que Nate Entrou Para a História </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">é uma ótima leitura para quem precisa relaxar um pouco. Embora dedicado ao público alvo mais infantil, todas as idades podem se divertir com as aventuras desse menino de cabelo espetado que, em primeira instância, terá que superar todos os outros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A minha SORTE é que é maravilhosa. O dia de hoje parecia que </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">ia ser uma chatice e de repente deu a maior virada! (...)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Superar todos os outros? - pergunta ele. - Superar os outros EM QUÊ?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Sou um homem de muitos talentos. Pode ser qualquer coisa!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(PEIRCE, Lincoln. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">O Dia em Que Nate Entrou Para a História, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">pag. 71-72)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-82035350870319758642014-09-12T18:43:00.000-03:002014-09-12T18:43:28.660-03:00Fala Sério, Pai!, de Thalita Rebouças<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb-jiX7l_IizudcAfeSHQvD9adbpggrZ40lwryOKKf6nFy9BaIy9InrEUJd64MaPUMU2otjVPkelWP2sHIj9K4kgVRGvW8qQfAgTfvb0LIWNaUIihVivBsVyiUowtCLxijdJAzUIbBW93A/s1600/FSPF.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb-jiX7l_IizudcAfeSHQvD9adbpggrZ40lwryOKKf6nFy9BaIy9InrEUJd64MaPUMU2otjVPkelWP2sHIj9K4kgVRGvW8qQfAgTfvb0LIWNaUIihVivBsVyiUowtCLxijdJAzUIbBW93A/s1600/FSPF.png" height="200" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pais, a realidade é dura. Somos nada, somos apenas
um </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">parque de diversões momentâneo enquanto não chega ela, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a verdadeira rainha
do lar, a dona da banca, a estrela da novela, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a pessoa mais importante na vida
dos seus filhos: a mãe. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, pai!, p. 34)<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> Fala Sério, Pai!</i>, de Thalita Rebouças, lançado em 2009, é um dos livros mais deliciosos de ler que já tive o prazer de adquirir. Nenhuma página se passa sem uma risada, sem uma visão engraçada da realidade da convivência entre pais e filhos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Neste volume, parte de uma série de outros 5 livros, Thalita Rebouças narra pelos olhos de Armando, o pai da já famosa Malu, as aventuras dessa dupla pai-filha desde a primeira crônica de um sopro de vida: o nascimento de Malu. A seguir, cada capítulo descreve um acontecimento de um ano da vida dela. Na maternidade, o primeiro amor, o corte de cabelo, aquele em que meninos são bobos, aquele em que Armando fez papel de pai-mico, ih, a madame Silicone, o papai meste-cuca e outros, até chegar no voo solo, quando Malu sai de casa para viver suas aventuras agora sem ele, o melhor pai do mundo. Malu também nos permite ver o mundo como ela, na segunda parte do livro. E percebemos, tamanho humor, que tal pai tal filha!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fui para perto do berço e não conseguia parar de </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">olhar para Maria de Lourdes. Absolutamente hipnotizado, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">idiotizado, encantado. Ela
era perfeita, tinha saúde e muito, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">muito cabelo. Extasiado, constatei que
aquele, sim, era o melhor </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">gol da minha vida. Um gol de placa. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, pai!, p. 21)<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs8PVCmst0SsbBX5WviDeFgXp3_QdefaYy7n__O82JKmd284L6_GzMnT_RWu9Y83xl_GPd-gadm3u86hbfmNm2b9QKWVSSAJjV6QqFBfy3YnphDOKG4n-Uib4GsqSrXJUsfs3TFQPtmhIr/s1600/FSP.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs8PVCmst0SsbBX5WviDeFgXp3_QdefaYy7n__O82JKmd284L6_GzMnT_RWu9Y83xl_GPd-gadm3u86hbfmNm2b9QKWVSSAJjV6QqFBfy3YnphDOKG4n-Uib4GsqSrXJUsfs3TFQPtmhIr/s1600/FSP.jpg" height="400" width="261" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fala sério, pai!, de Thalita Rebouças</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Armando adora a Maria de Lourdes, que após alguns anos vira só Malu, para os íntimos exceto a mãe, mas às vezes essa menina que nasceu com cara de joelhinho esquisito e que abria o maior berreiro em muuuuitas ocasiões o deixa sem saber o que fazer. Pai de primeira viagem, Armando aprendeu muito sobre crianças, e sobre meninas, quando se viu no papel de homem mais engraçado do mundo, pai mais legal... mas só durava quando estava só; era só a mãe da menina chegar e, bum!, ele não era ninguém. Armando narra suas aventuras como pai-mico, pai que não sabe tudo e que não sabe dizer "não", porém não perde o posto de pai mais divertido. Malu passa por todas as fases de sua vida tendo o pai ao seu lado, seja para aprontar travessuras junto, seja para receber broncas, seja para ouvir conversas de seu pai com sua mãe sobre ela cheias de indignação. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Já me considero fã da Thalita Rebouças pois acompanho suas crônicas lançadas no site da Veja Rio, <a href="http://vejario.abril.com.br/blog/thalita-reboucas/">clique aqui</a>, e não há texto dela que não me atinga lá onde está guardado meu bom humor. <i>Fala Sério, Pai!</i> foi o primeiro livro dela que li, e adorei. O humor dessa carioca é transcrito perfeitamente no papel, impossível não arrancar umas risadas de qualquer leitor, seja pai, seja filho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu pai estava tão frágil, tão tristinho… tão
menino. E eu me senti na </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">obrigação de tomar conta do meu pai-menino naquela
hora. Muito </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">estranho esse negócio de virar pai dos nossos pais. De repente, do
nada, </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">parece que eles são seres indefesos, que precisam mais da gente do que a
gente deles. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, pai!, p. 253)<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-71533951277628523552014-09-01T09:12:00.000-03:002014-09-01T09:12:25.693-03:00Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, de Paula Pimenta<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se quisesse uma Nicole, eu teria conseguido há
muito tempo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Igual a ela, eu já tinha encontrado várias outras… Mas não era </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">isso o que eu queria. Eu queria uma Priscila. Eu queria <i>a </i>Priscila. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(PIMENTA, Paula. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, </i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">pag. 146)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Paula Pimenta dá continuação à
história de amor entre Priscila e Rodrigo depois de um hiato, em sua segunda
temporada. Agora os protagonistas estão mais velhos, com seus 15-17 anos, e as questões
com que lidam se tornam mais complicadas e intensas. Em <i>Minha Vida Fora de Série — 2ª Temporada</i>, lançado em 2013, cada
capítulo é um preparo para o leitor ansiar ler o próximo e, o melhor do livro é
que o leitor não precisa esperar pela semana seguinte para saber como será o
próximo episódio dessa história.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O cenário varia entre Estados
Unidos e Brasil. Na viagem de Priscila à Disney, além de se divertir no parque
ela comete um pequeno deslize que poderia estragar seu <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBS-X_aK1KHV1KHNEpNp57mglpUpKbqPGU9ICKANU_bJQ9LK5MTBrWBQySqqLXlsTHLF2Y6k_O-FMRUDyA1t4iyhbrKI3GQ4vbNxmtSJ9adqvk_JTqX-OX6cO_2mbaFP5CRdtJO6Grzt9X/s1600/MVFDS2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBS-X_aK1KHV1KHNEpNp57mglpUpKbqPGU9ICKANU_bJQ9LK5MTBrWBQySqqLXlsTHLF2Y6k_O-FMRUDyA1t4iyhbrKI3GQ4vbNxmtSJ9adqvk_JTqX-OX6cO_2mbaFP5CRdtJO6Grzt9X/s1600/MVFDS2.jpg" height="320" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Minha Vida Fora de Série, 2º volume,<br />
de Paula Pimenta</td></tr>
</tbody></table>
relacionamento com
Rodrigo; nos EUA, ela conhece Patrick, o filho da proprietária da agência de
Turismo, que é o charme em pessoa. Quando volta ao Brasil, para Belo Horizonte,
não consegue parar de pensar nele, assim afastando seu namorado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ele estava totalmente certo… Eu vinha dando uma
importância muito grande ao que tinha acontecido, quando na verdade deveria
encarar aquilo apenas como um encanto a mais da viagem. Como se tivesse sido
algo efêmero, como uma miragem que nos deixa em dúvida se aconteceu na
realidade ou se foi apenas a nossa mente que fantasiou. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">(PIMENTA, Paula. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, </i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">pag. 129)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Após muitos conselhos e destino,
Priscila percebe que tem que salvar sua relação de ficar ainda mais fria. Como
está no segundo ano do Ensino Médio agora, tem que estudar para o vestibular,
participa do Grêmio, do Conselho Escolar e tudo isso fica no caminho entre ela
e Rodrigo, embora não seja sua intenção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Rodrigo, por sua vez, em sua
viagem à Bahia, passou a ser o baterista de uma banda, quando tocavam em
barzinhos. A vocalista da banda logo se interessou por ele, embora Rodrigo
ficasse só pensando na Priscila. Aí se segue uma pequena confusão que o deixou
até desorientado, e que fortaleceu o que sentia por sua namorada. De volta a
Belo Horizonte, ele e Priscila tentam consertar a situação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O livro é narrado em primeira
pessoa, por Priscila e Rodrigo, embora o garoto narre apenas alguns capítulos. Isso
dá um diferencial para a história, ficamos conhecendo-a pelos dois lados. Temos
novamente os emails, as mensagens de celular, os capítulos que começam com uma
frase das séries de televisão que Priscila assiste e listas de músicas. Escrito
com cuidado, com capítulos curtos e todas as pontas atadas, com personagens
masculinos que realmente parecem homens, Paula Pimenta faz qualquer leitor
estar em Belo Horizonte observando a vida dessas personagens tão queridas em
histórias que poderia acontecer com qualquer adolescente brasileiro.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Para quem conhece a série Fazendo Meu Filme e está com saudade das personagens de lá, a Priscila e o Rodrigo também fazem parte da vida deles e neste livro há spoilers sobre o primeiro livro da outra série.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu já tinha percebido que, quanto mais
ficávamos juntos, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">mais queríamos ficar… E o contrário também acontecia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Simplesmente nos acostumávamos a ficar longe. Passávamos </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a não nos importar
tanto com a distância. Não a física; afinal, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">continuávamos a nos ver todos os
dias no colégio. Mas era como </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">se fôssemos amigos que se beijavam. Aliás, que
nem se </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">beijavam mais tanto assim… </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(PIMENTA, Paula. <i>Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, </i>pag. 257)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Eu sempre fico com o pé atrás
quando se trata da Paula Pimenta, mas agora que já li a maioria de seus livros,
acho que me livrarei disso. Acontece que ela escreve muito bem, simples, e suas
histórias também são simples, do cotidiano de um adolescente. Sempre a espero
cair no clichê, ficar sem graça, sem causar emoção, e estou ERRADA a todo o
momento. Acho que a Paula é a escritora brasileira que mais me faz sentir algo,
ela conecta seus personagens com os nossos pensamentos, anseios e medos. Seus livros
são caprichados, lindos, e para a alegria dos editores, já viraram Best-sellers!
Tenho que reconhecer que a Paula Pimenta precisa escrever mais e mais livros,
ela tem que continuar a encantar os leitores, a emocionar as pessoas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-13619135517300483362014-08-27T11:34:00.000-03:002014-08-27T11:34:39.332-03:00Adeus, Mr. Chips, James Hilton<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Uma carreira decente, decentemente encerrada; três vivas para o velho
Chips, gritaram todos naquele ruidoso jantar de fim de ano letivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
Com efeito, três vivas; mas outros mais viriam, um epílogo insuspeitado,
um bis dedicado a um auditório trágico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 13)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span lang="EN-US"> </span>Mr. Arthur Chipping é um
professor em Brookfield que mora na pensão de Mrs. Wickett. Já velho, porém não
doente, relembra seus dias na escola, sempre falando Latim e fazendo piadas
para seus alunos homens. Adeus, Mr. Chips (Goodbye, Mr. Chilçlops), de James
Hilton, escrito em 1933 na Inglaterra, é um livro que diz adeus a uma das
pessoas que viu a escola nascer e se desenvolver, passar por bons e maus
momentos. É sobre um homem que viveu o bastante para presenciar a Guerra Franco-Prussiana, a I Guerra Mundial e ensinar gerações de alunos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
James Hilton criou um homem simpático, um livro inspirador. De poucas
páginas, linguagem simples, foi lido rapidamente e deixou algo especial. Uma
vida, vista por outros um tanto quanto solitária, na verdade foi vivida para os
outros, para o divertimento de jovens alunos, da mulher, Katherine, com quem se
casou em certo momento, a mulher que na véspera de casamento disse “Goodbye,
Mr. Chips”.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe0_-1eybXYjc6x_b7OcshRmqybRIkPjeD0bOmt-4gH5EODDPlyXKSLCocRpiQxhw06sX_8JZ99a3615z0_Qlt-XhyphenhyphenQK7N3R1ozU5KLmcFcXf-m8UC7To0i8UY9kSBaDHEa6rd_t2VASpI/s1600/GMC.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe0_-1eybXYjc6x_b7OcshRmqybRIkPjeD0bOmt-4gH5EODDPlyXKSLCocRpiQxhw06sX_8JZ99a3615z0_Qlt-XhyphenhyphenQK7N3R1ozU5KLmcFcXf-m8UC7To0i8UY9kSBaDHEa6rd_t2VASpI/s1600/GMC.JPG" height="320" width="189" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adeus, Mr. Chips, o livro <br />
aqui resenhado</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></o:p><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">— Este é um momento solene, tu
compreendes... O nosso último adeus. Eu me sinto mais ou menos assim como um
aluno no primeiro dia de aula contigo. O que tenho não é medo, note bem, mas
apenas respeito, muito respeito. Devo dar-te senhoria? Ou o direito será dizer
“Mr. Chips?” Acho que “Mr. Chips” fica melhor. Adeus, então. Adeus, Mr.
Chips...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 29)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span lang="EN-US"> </span>Tendo começado a
lecionar em Brookfield em 1870, Mr. Chips, assim apelidado, é uma homenagem do
autor ao seu pai, que foi professor, e um tributo à profissão de lecionar.
Escrito em apenas quatro dias por um homem com trinta e três anos, <i>Adeus, Mr.
Chips</i> foi primeiro lançado na Inglaterra em 1934 e quando aterrissou o
território americano fez tanto sucesso que estabilizou o autor por toda a sua
vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
Em 1939 foi lançado o filme de mesmo nome, dirigido por Sam Wood e
estrelado por Robert Donat, como Mr. Chips, Greer Garson como Katherine,
recebendo Oscar por Melhor Ator e sendo indicado no mesmo prêmio para Melhor
Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora e
Melhor Edição de Filme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pela primeira vez em sua vida Chips
se sentiu necessário </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— e necessário a algo que estava muito perto de seu
coração. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não há no mundo sensação mais sublime e por fim ele a tinha.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 92)</span><span style="line-height: normal; text-indent: 72px;"> </span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span lang="EN-US"><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-21819568533762241082014-08-06T19:22:00.000-03:002014-08-06T19:22:15.257-03:00Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgubJNtMooJrIuoXdAqI9yXUEYOFyhtrS53x41qp1NLDY1r9ngrQPZakSQ_dzCjxWgRYkngUxQGe8LIrF9P99Qns_hjizXbGMZKF_ap-pL8jQceHQd6bhpT56Sxi5FoIo1MdtqxEM3TrpRn/s1600/ENUBTF.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgubJNtMooJrIuoXdAqI9yXUEYOFyhtrS53x41qp1NLDY1r9ngrQPZakSQ_dzCjxWgRYkngUxQGe8LIrF9P99Qns_hjizXbGMZKF_ap-pL8jQceHQd6bhpT56Sxi5FoIo1MdtqxEM3TrpRn/s1600/ENUBTF.png" height="219" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">TIÃO – Ninguém vale nada, pai!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">OTÁVIO – Como você tem medo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">TIÃO (<i>irritado</i>) –
Mas medo de que, bolas!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">OTÁVIO (<i>imperturbável</i>)
– De ser pobre… da vida da gente!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">TIÃO (<i>com um gesto de
quem afasta os pensamentos</i>) – Ah! Tou é nervoso… tou apaixonado, pai… Não liga,
não! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="text-align: center;">(GUARNIERI, Gianfrancesco. </span><i style="text-align: center;">Eles Não Usam Black-tie</i><span style="text-align: center;">, p.</span> 42)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> Eles Não Usam Black-tie</i> é uma peça de teatro brasileira escrita em 1955 por Gianfrancesco Guarnieri. De acordo com Delmiro Gonçalves, a peça "foi uma das mais sérias e melhores tentativas de uma dramaturgia urbana brasileira". É u</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">ma história despretensiosa sobre a vida de alguns exemplares da classe de operários de uma favela carioca nos anos 1950.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Em tempos de ocorrer uma greve dos metalúrgicos, com o total apoio de Otávio, Tião, seu filho, descobre que vai ser pai do bebê de Maria. Assim, o jovem de aproximadamente 20 anos quer estabilidade financeira para sustentar sua pequena família e poder sair do morro. Tião foi criado pelos padrinhos, na cidade, e servia como babá para os filhos deles. Nunca se adaptou a vida no morro, sendo operário, tendo que fazer greve para que o salário aumente em mixarias. Tião observa a vida corrida e pesada de Romana, sua mãe, sempre tendo que cuidar do barraco, de lavar roupas para outras pessoas e cuidar de seu marido e dois filhos, e não quer que o mesmo aconteça a Maria.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">TIÃO – (…) Nesse mundo o negócio é dinheiro, meu velho. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sem
dinheiro, até o amor acaba! Pois eu vou sê feliz, vou tê amo, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">e vou tê
dinheiro, nem que pra isso eu tenha de puxá saco de meio mundo! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(GUARNIERI, Gianfrancesco. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eles Não Usam Black-tie</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, p. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: right;">68)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Tião trabalha na mesma fábrica que seu pai, e com a greve, se aderir, há a possibilidade de ganhar aumento ou ser despedido. Se não aderir a greve, será visto como pelego e traidor, porém poderá se manter estável na fábrica. Em poucas páginas, cerca de 100, as dúvidas e medos de Tião se apercebem pelas falas e maneiras, muitas vezes sob palavras de confiança, escondidas e abafadas no meio de outras personagens que a ideologia de correr atrás dos direitos é o motor da vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Sempre quis ler <i>Eles Não Usam Black-tie</i>. Lembro que o encontrei na biblioteca da escola de Ensino Médio que frequentei porém nunca fui tentada o bastante para pegá-lo emprestado. Agora adquiri um exemplar e consegui ler e me emocionar com as personagens, com seus medos, ideologias, sentimentos, e principalmente no final, que achei que acabou como deveria, ficou aquela sensação estranha de muita luta emocional e pouca conquista, bem semelhante à realidade. A peça é para ser popular, foi escrita como fala o povo, e é sobre as lutas do povo. É sobre as pessoas que não usam black-tie, mas que acordam tão cedo para trabalhar e ter um tempinho à noite para ser feliz, ao som de um samba tocado por Juvêncio, um manco, numa noite chuvosa...</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyLd5a2BdnFdQPV1Nb5b0UIMyahdDXCp9L8M4qmmNoED39BvKh0ksRyHTVtxpamCOUjcOfna0uqbjNqVYnH5SjoEeO8TGUgfpn50Cm8wqM8_BqX76a0_I1LzUF6RQAM-AS890emt_Puy2J/s1600/ENUBT.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyLd5a2BdnFdQPV1Nb5b0UIMyahdDXCp9L8M4qmmNoED39BvKh0ksRyHTVtxpamCOUjcOfna0uqbjNqVYnH5SjoEeO8TGUgfpn50Cm8wqM8_BqX76a0_I1LzUF6RQAM-AS890emt_Puy2J/s1600/ENUBT.png" height="320" width="209" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eles Não Usam Black-tie, de<br />
Gianfrancesco Guarnieri</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nosso amor é mais gostoso,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nossa saudade dura mais</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nosso abraço mais apertado</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nós não usa as "bleque-tais".</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Minhas juras são mais juras</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Meus carinhos mais carinhoso</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tuas mão são mãos mais puras,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Teu jeito é mais jeitoso...</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nós se gosta muito mais,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nós não usa as "bleque-tais"...</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(GUARNIERI, Gianfrancesco. <i>Eles Não Usam Black-tie</i>, p. 24)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A peça possui 3 atos e 6 quadros, e é ambientada no barraco de Romana. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Foi representada pela primeira vez em 1958, no Teatro de Arena de S. Paulo, com direção de José Renato e performada por Miriam Mehler como Maria, Gianfrancesco Guarnieri como Tião, Lélia Abramo como Romana e Eugênio Kusnet como Otávio. Em 1981, foi lançado o filme com mesmo nome dirigido por Leon Hirsziman, e estrelado por Gianfrancesco Guarnieri como Otávio, Fernanda Montenegro como Romana, Carlos Alberto Riccelli como Tião e Bete Mendes como Maria, com música tema de Adoniram Barbosa, Chico Buarque de Hollanda e Gianfrancesco Guarnieri. Leon Hirsziman recebeu o prêmio FIPRESCI e o Grande Prêmio Especial do Juri no Festival de Veneza, o prêmio Grand Coral no Festival de Havana, Guarnieri recebeu o troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) por Melhor Ator, e ganhou o Margarida de Prata. O filme recebeu atenção especial de John D. French, um professor do Departamento de História da Duke University, que pesquisou a representação social do filme e a verossimilhança com a classe operária brasileira dos anos 50 e 70, <a href="http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/11313/7062">clique aqui</a>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Guarnieri identifica sua obra como "uma visão romântica do mundo. Pressupõe uma série de valores básicos, imutáveis, através dos quais os problemas surgem, estourando os conflitos, os homens se debatem, mas tudo chegará a bom termo graças a uma providencial ordem natural das coisas, atingindo-se no tempo a harmonia geral esperada, em virtude de uma tomada de 'consciência'. <i>Black-tie</i>, no fundo, é uma peça idealista" que "reflete corretamente muitos aspectos da realidade brasileira".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Penso que o sucesso da obra se dá por sua sinceridade, por sua representação sócio-política brasileira, pela escrita coloquial e por todo o sentimentalismo que as falas de Maria e Tião se inundam, contrapostas pelas falas de vivência dura de Romana e ideologias políticas de Otávio. É uma história atemporal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ROMANA – É a verdade, e da verdade ninguém escapa, meu nego. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E depois, cadeia foi feita pra ladrão, caixão pra defunto. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pra que ficá
enganando os outros. É o fim mesmo. É ou não é minha filha? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(GUARNIERI, Gianfrancesco. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eles Não Usam Black-tie</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, p. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">36)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-7507716146994198902014-08-03T11:35:00.000-03:002014-08-03T11:35:13.915-03:00Focus, de Arthur Miller<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGXsHMz3ETDe9-r91ZNecmb1RJp1BdFxehkg0yK2qJ8vXMMpDdi-3FTZZP4KYdbl66bckfA7-ZKqeUyNnIPw3IQOgLpKZJMmC0_4pTire3BHVBn_95YMOoU6BgLZaLLkMtbQDHYZPxDV_o/s1600/FOcus.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGXsHMz3ETDe9-r91ZNecmb1RJp1BdFxehkg0yK2qJ8vXMMpDdi-3FTZZP4KYdbl66bckfA7-ZKqeUyNnIPw3IQOgLpKZJMmC0_4pTire3BHVBn_95YMOoU6BgLZaLLkMtbQDHYZPxDV_o/s1600/FOcus.png" height="331" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No espelho do
banheiro, o banheiro que usava há quase sete anos, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">estava vendo o que podia ser
adequadamente descrito como </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a cara de um judeu. Realmente, um judeu entrara em
seu banheiro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os óculos fizeram exatamente o que temia que fizessem ao seu
rosto, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">mas agora era pior, porque era real. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MILLER, Arthur.
Focus, pag. 32)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> Focus</i> foi o romance de estreia do
escritor estadunidense Arthur Miller, mais conhecido por suas peças de teatro.
Lançado em 1945, trata do anti-semitismo praticado em Nova York, nos EUA, no
final da Segunda Guerra Mundial. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Lawrence Newman
é um empregado da Company, uma empresa anti-semita muito respeitada no país. Mora
com a mãe e não se deixa abalar com os problemas alheios, como uma mulher
gritando no meio da noite, clamando pela polícia. Seu vizinho, Fred, é um homem
que apoia a limpeza da cidade — com
“limpeza”, leia-se “expulsão dos judeus que ali vivem”. O único judeu do
quarteirão, Mr. Finkelstein, é um vendedor de jornais que não interfere de
maneira negativa os outros moradores, apesar de ser tratado como “criminoso” por
ser judeu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A vida de Newman
ficara um tanto monótona e acomodada, depois de ter participado da guerra e ser
responsável pela morte de um alemão. Agora possuía um emprego como recrutador
na Company. Quando seu chefe o chama para uma conversa, tudo como conhecia
começa a mudar, ou melhor, todas as máscaras começam a se desvanecer. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O chefe observa
que Newman contratou uma mulher inadequada para a profissão de datilógrafa, e
esse erro era devido ao fato de Newman não enxergar bem. Ao passar no oculista
e experimentar em casa os novos óculos, Newman se espanta com o que enxerga no
espelho. Um judeu. Newman é descendente de ingleses e é cristão, porém seu
rosto se assemelha a de um judeu quando usa óculos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> De início, tenta
não dar muita importância ao fato. No entanto, é despedido da Company porque
sua aparência levou seus superiores a questionarem sua identidade. E não para
por aí. Na procura por um novo emprego, é sempre visto como um judeu; seus
vizinhos começam a estranhá-lo e a Frente Cristã passa a tê-lo e à sua mulher
Gertrude Hart e ao Mr. Finkelstein como alvos para uma limpeza.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O que parecia
simples se torna o maior problema que lhe fora submetido: a identidade alheia,
o ser judeu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ytHBG0rh3uMu9-WTbTm-OOZGeVaRtxKdMMkn5UuOhUzOdmKv55hQFpkbYC4Sxv4QgkKYUkZmbxjj_BwFeaTV7ht_PVXj-8M__qDHBlddraC7d6-xXGDu_RnaqDUy5WWzgpaauBWFgU2V/s1600/FAM.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ytHBG0rh3uMu9-WTbTm-OOZGeVaRtxKdMMkn5UuOhUzOdmKv55hQFpkbYC4Sxv4QgkKYUkZmbxjj_BwFeaTV7ht_PVXj-8M__qDHBlddraC7d6-xXGDu_RnaqDUy5WWzgpaauBWFgU2V/s1600/FAM.jpg" height="320" width="193" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Focus, de Arthur Miller</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Então, que
diabos poderia fazer para mostrar a essa gente que ainda era Lawrence Newman?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O rosto. Parou junto
a um poste de luz numa esquina. Mas o seu rosto não era <i>ele.</i> Ninguém tinha o direito de menosprezá-lo por causa do rosto.
Ninguém! Ele era <i>ele</i>, um ser humano
com uma biografia definida, e ele não era esta cara que parecia nascida de
outra biografia, estranha e suja. Estavam querendo transformá-lo em duas
pessoas! Olhavam para ele como se fosse culpado de alguma coisa, como se fosse
feri-los! Não podiam fazer isso! Que não ousassem fazer-lhe aquilo, pois não
era outra pessoa senão Lawrence Newman…! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MILLER, Arthur. Focus, pag. 72)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Demorei algum
tempo para terminar de ler o livro, por conta da vida universitária. Mesmo
lendo-o de gole em gole, consegui me conectar com a história e dizia a algumas
pessoas que estava lendo um livro incrível. Quando comprei <i>Focus</i>, não fazia ideia do enredo. Não havia nada escrito na contracapa
e também não havia orelhas. O nome do autor me impeliu a adquirir o livro, pois já tinha lido sua peça de teatro ganhadora do prêmio Pulitzer <i>Morte de um Caixeiro Viajante, </i><a href="http://1001noitesblog.blogspot.com.br/2013/06/morte-de-um-caixeiro-viajante.html">resenha aqui</a>,<i> </i>e
não me arrependo. Mergulhei numa história com o tema que tanto é analisado mas
que foi escrito de uma maneira diferente na época em que tudo estava
acontecendo. A audácia do autor foi imensa ao criar um personagem cristão e
descendente de ingleses que, ao usar óculos, tinha a aparência de um judeu e
por isso passou a sofrer preconceito. Colocou os leitores na pele da personagem
principal: e se começassem a nos enxergar pelo que não somos e praticassem
violência conosco por conta disso? Curiosidade: Miller era filho de um casal de
imigrantes judeus polacos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A estratégia de
Miller me lembrou a estratégia de Bernardo Guimarães na criação de <i>A Escrava Isaura</i>, <a href="http://1001noitesblog.blogspot.com.br/2012/11/a-escrava-isaura-abolicionista-em-plena.html">clique aqui</a>, uma escrava branca
linda. Guimarães sabia que as mulheres de classe média leriam o livro e a
maneira para fazê-las entender a escravatura como algo abominável, colocando
uma escrava <i>branca</i>, que se
assemelhava a elas, porque ler sobre uma escrava <i>negra</i> sofrendo não seria nada inédito e não criaria empatia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Em 2001, foi
lançado o filme baseado em <i>Focus</i>,
dirigido por Neal Slavin e estrelado por William H. Macy como Lawrence Newman,
Laura Dern como Gertrude Hart, David Paymer como Mr. Finkelstein e Meat Loaf
Aday como Fred.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> A linguagem é
fácil, fluida. O livro possui pouco mais que 200 páginas de vários momentos de
tensão. Minha opinião é que Arthur Miller escolheu a história certa para
estrear no mundo do romance literário, e deixa suas palavras flutuando na luta
eterna dos judeus. Acontecimentos recentes provam que 1945 permanece mesmo em
2014.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— (…) O senhor
olha para mim e não me vê. Vê outra coisa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pode me dizer o que é? É isto o que
não entendo. Contra mim </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">o senhor não tem nada, é o que diz. Então, por que quer
me </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">tirar daqui? O que é que vê que o deixa tão furioso quando olha para mim? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MILLER, Arthur. Focus, pag. 166)<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span lang="EN-US"><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-46415861137665080472014-07-19T11:44:00.000-03:002014-07-19T11:44:13.213-03:00Moise e o Mundo da Razão, de Tennessee Williams<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTAlogXpcU4kxfoYTALk_TTfiubaJ_kKS1uMQqeKxeVbucvH795Qr5zYXJoPnO-XNqDPZepQiuNlmk6HUkLlpoiM6np0533C29Dgyuj2kS8VKnImP64PSzN6Q7J9u3qnaF4SkEIXx1uZK1/s1600/MEOMDR.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTAlogXpcU4kxfoYTALk_TTfiubaJ_kKS1uMQqeKxeVbucvH795Qr5zYXJoPnO-XNqDPZepQiuNlmk6HUkLlpoiM6np0533C29Dgyuj2kS8VKnImP64PSzN6Q7J9u3qnaF4SkEIXx1uZK1/s1600/MEOMDR.JPG" height="400" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Moise e o Mundo da Razão,<br />
de Tennessee Williams</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— É que o meu
mundo não é o mundo de vocês. Seria uma insuportável banalidade proclamar que
cada um de nós é o habitante único de seu mundo particular. De forma que eu não
conheço o mundo de vocês e vocês não conhecem o meu. A mim, é claro, me parece
perfeitamente evidente que o mundo de vocês é, relativamente, um mundo que
contém certa dose de razão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(WILLIAMS,
Tennessee. Moise e o Mundo da Razão, pag. 22)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Moise e o Mundo da Razão (Moise and the
World of Reason), de Tennessee Williams, é o primeiro romance escrito pelo
autor estadunidense, lançado em 1975. Conhecido por suas peças de teatro, mais
uma vez os temas que o marcaram voltam à tona em uma história sobre
homossexualidade, perda, devaneios e lembranças do passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O livro é narrado pela personagem que se
designa como “ilustre escritor fracassado”, e que não cita seu nome. É um homem
de trinta anos que tem como amante Charlie, um homem de vinte anos, e possui
grande carinho por Moise, uma pintora que, logo no início da história, faz seu
discurso sobre estar deixando o mundo da razão. Conhecemos Lance, o primeiro
amor do escritor, “um turbilhão negro sobre o gelo”, que morreu patinando no
gelo e deixou ao escritor a parte do armazém em que moravam, “o retângulo com
ganchos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Durante treze
anos não houve nada de grande </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">importância na minha vida além daquele patinador
no gelo, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de Moise e deste meu costume de procurar escrever as coisas </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">em detalhe
numa longa série de cadernos Blue Jay. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(WILLIAMS,
Tennessee. Moise e o Mundo da Razão, pag. 57)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Agora, escrevendo nos cadernos Blue Jay e
nas cartas de rejeição das revistas e editoras, sentado no BON AMI, um caixote,
o “ilustre escritor fracassado” relata como Moise fez seu discurso e o efeito
dele no restante do livro. A história é dividida em quatro capítulos; penso eu
que se houvessem capítulos menores e talvez fosse dividida em quatro partes,
seria mais interessante e a leitura mais dinâmica, mais envolvente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Tendo lido outros livros do autor, esperava
que este em questão me emocionasse mais, assim como Um Bonde Chamado Desejo,
por exemplo. A história não me tocou, exceto em raros momentos. Pareceu-me uma
aventura sem nexo, retalhos de acontecimentos que a personagem principal
descrevia, um começo inesperado com um final inesperado, e não no bom sentido.
Tennesse Williams deixou Moise e o Mundo da Razão como sua despedida do mundo
literário. O simbolismo de sua obra deve ser mais estudado, e recomendo às
pessoas que, se abrirem a mente, possam desfrutar dessa história que coloca em
questão o mundo da razão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Eu diria que
na sua idade já devia ter aprendido que tem de suportar uma porção de coisas
desagradáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Sim, inclusive
a mim mesmo. Me lembro de que uma vez o animador de um programa de TV me
perguntou: “O senhor gosta de si mesmo?” Respondi com um olhar vazio e um
silêncio, e ele insistiu: “O senhor adora a si mesmo?”, e finalmente respondi:
“Bom, eu estou amarrado a mim mesmo e tenho de me aturar de qualquer maneira”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(WILLIAMS,
Tennessee. Moise e o Mundo da Razão, pag. 109)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-66648172131271806302014-07-14T09:25:00.000-03:002014-07-24T12:42:08.937-03:00Extraordinário, R.J. Palacio<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">NÃO JULGUE UM <strike>LIVRO </strike>MENINO PELA
<strike>CAPA</strike> CARA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
O que leva uma criança a adorar usar um capacete de astronauta, mesmo em
pleno verão? O que leva o diretor da escola Beecher Prep a criar um “comitê de
boas vindas” que favorece apenas um aluno? Pais superprotetores, outros
negligentes, pessoas extraordinárias sem ninguém para ver e um menino que não
passa despercebido em lugar algum: tudo isso e mais um pouco se relaciona de
maneira maravilhosa no primeiro livro de R.J. Palacio, Extraordinário (Wonder),
lançado em 2012 nos Estados Unidos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> August Pullman é a criança em
questão. O centro das atenções em casa, na escola e onde quer que vá. Seu
rosto, incomum, é capaz de despertar gritos de outras crianças e reações quase
repulsivas de adolescentes e adultos. Ingressante do quinto ano na Beecher
Prep, calouro na situação de estudar em escola pois passou os outros anos tendo
aulas em casa, August precisa de muita paciência e perseverança para enfrentar
o início do Ensino Fundamental II, o que é um pouco apavorante para qualquer
criança. August tem disostose bucomaxilofacial, uma anormalidade facial que o
submeteu a várias cirurgias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">De todo modo, não é que eu me
importe com o modo como as pessoas reagem a mim. Já disse um zilhão de vezes:
estou acostumado com isso a esta altura. Não deixo que me incomode. É como
quando você sai e está chuviscando. Você não calça galochas por causa de um
chuvisco. Nem sequer abre o guarda-chuva. Você anda na garoa e mal percebe que
o cabelo está ficando molhado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(PALACIO, R.J. Extraordinário,
pag. 213-214)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEPeFnGZvjFEkWrA-liehuhyphenhyphenE5KXi7fAVb76RRAdSU1nJk2b_c4Eci8g__Y8xXYBUbvgiOKEl1PsUPPswQNudt3lzfN6eqI4MjV7sOFACy618SInbDA0knXDWxQDGdMTkS3A0wC3On31II/s1600/ERJ.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEPeFnGZvjFEkWrA-liehuhyphenhyphenE5KXi7fAVb76RRAdSU1nJk2b_c4Eci8g__Y8xXYBUbvgiOKEl1PsUPPswQNudt3lzfN6eqI4MjV7sOFACy618SInbDA0knXDWxQDGdMTkS3A0wC3On31II/s1600/ERJ.jpg" height="400" width="277" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Livro de estreia de R. J. Palacio,<br />
Extraordinário</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
O menino é muito amado em casa pelos pais e pela irmã Via. Adora sua
cachorra Daisy, pois ela não tem repugnância dele. Na escola, Summer é uma das
garotas que se torna sua amiga por opção, e Jack Will não consegue resistir a
esse menino divertido. Julian, porém, é um dos alunos que escolhe tornar a vida
de August mais difícil. Imagine o primeiro dia de aula numa escola nova.
Imagine que tudo seria melhor se você tivesse amigos imediatamente. Agora
imagine uma criança nessas condições que ainda por cima tem um rosto “anormal”.
Imagine, sobretudo, os olhares de todos que o cercam. Essa é a vida de August
que tenta deixar o cabelo mais grande para que seu rosto não apareça muito, que
anda sempre de cabeça baixa para não ser notado e que, quando criança, usava um
capacete de astronauta sempre, porque, como um dos personagens reflete, as
pessoas achavam mais normal uma criança estar o tempo todo de capacete do que
ver o rosto de August.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Esse livro é incrível. Os capítulos são curtos, a história fluida,
personagens bem construídos, um teor melancólico sendo quebrado de instante em
instante por momentos de gentileza. É divido em partes, sendo estas narradas
por August, Via, Summer, Jack, Justin e Miranda, com frases de livros, músicas
e outros, sendo interessante ver o desenrolar dos acontecimentos sob várias
perspectivas. É ótimo ver como August enfrenta os desafios, como as pessoas que
o amam agem e tudo o que eu mais queria era que o final fosse feliz. A Veja.com
exemplifica a história na seguinte frase: “O ponto de vista de uma criança que,
ciente de sua estranheza e de seu deslocamento no mundo, cria um manifesto em
favor da gentileza”. Eu não poderia concordar mais. E não me importa que o
discurso do Sr. Bufanza (o diretor da escola) na formatura seja um tanto
clichê. Valeu a pena ter lido!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">August é o Sol. Eu, a mamãe e o
papai giramos em volta dele. O restante de nossa família e de nossos amigos são
asteroides e cometas flutuando ao redor dos planetas que orbitam o do Sol. O
único corpo celestial que não gira em volta de August, o Sol, é Daisy, nossa
cadela, e isso porque, para seus olhinhos caninos, o rosto do August não é
muito diferente do rosto de qualquer outro ser humano. Para Daisy, todos os
rostos são parecidos, chatos e pálidos como a Lua. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(PALACIO, R.J. Extraordinário,
pag. 89)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> No site da R.J. Palacio, a autora conta sua
inspiração. A inspiração é uma criança, menina, que estava perto de uma
sorveteria em certa ocasião. O filho de três anos da autora, ao vê-la, começou
a chorar muito alto. A menina tinha uma anormalidade craniofacial. Palacio se
afastou porque não queria magoar os sentimentos da menina, ao perceber que seu
filho se assustara. Na mesma noite, a música Wonder, de Natalie Merchant, tocou
na rádio. Assim nasceu o livro Extraordinário. Um livro de um menino que,
apesar de passar pela mesma situação quase todos os dias, às vezes ainda se
surpreende com as pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Doctors have come from distant cities just to
see me<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Stand over my bed, disbelieving what they're
seeing<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">They say I must be one if the wonders of god's
own creation<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">And as far as they see they can offer no
explaination<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MERCHANT, Natalie. Wonder)</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-61816394065875847712014-02-10T22:17:00.000-02:002014-02-10T22:17:06.649-02:00Hiato do Blog<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Olá, leitores do blog As 1001 Noites!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Por conta de problemas pessoais (faculdade, família, planos para o futuro), o blog entrará em hiato, por tempo indeterminado, ou seja, a partir deste post, pode demorar para outro ser escrito e postado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Talvez quando voltar, venha em grande estilo, com várias resenhas, artigos e biografias. Veremos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Aproveitando o espaço, gostaria de agradecer a todos os leitores, aos seguidores aqui e no <a href="https://www.facebook.com/mileumanoitesblog">Facebook</a>. Não há escritor sem leitor. Apreciamos as pessoas que nos surpreenderam com comentários, sempre construtivos, e desejamos que o blog de vocês tenha sucesso!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Atenciosamente,</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">MsBrown<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgam72m0gM30rI0DxflwYSnZAY5BW5Dpz2R8Vfwu2ZbhHZjDIwtaNbn03w4EWIUdFIYT7WnWphEUByp8TyDKU8_XO3nnbTNVBsckpe9W3OID3OQite2sqTxrw67Ztz96agi-CqHlo0R_V1r/s1600/Extraordin%C3%A1rio+RJ+Palacio.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgam72m0gM30rI0DxflwYSnZAY5BW5Dpz2R8Vfwu2ZbhHZjDIwtaNbn03w4EWIUdFIYT7WnWphEUByp8TyDKU8_XO3nnbTNVBsckpe9W3OID3OQite2sqTxrw67Ztz96agi-CqHlo0R_V1r/s1600/Extraordin%C3%A1rio+RJ+Palacio.JPG" height="191" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trecho de Extraordinário, de R.J. Palacio</td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-45992073796062043572014-02-01T16:39:00.000-02:002014-02-01T16:39:56.496-02:00Doce Vingança, de Nora Roberts<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Queria um
drinque, não o café e o chá que sempre eram servidos, mas um vinho. Apenas um
copo de vinho gelado. Mas nenhum vinho era permitido em Jaquir, enquanto o
estupro sim, pensou ela, ao encostar um dedo no rosto dolorido. Surras e véus,
chamadas para a oração e poligamia, mas não uma gota de Chablis ou um cálice de
Sancerre.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(ROBERTS, Nora. <i>Doce
Vingança</i>, pag. 29-30)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A Princesa Adrianne é uma criança em Jaquir, um país
no Oriente Médio. Lá, é acostumada às mulheres no harém, sempre falando sobre
sexo, compras e jóias, mulheres que, submissas ao homem, devem usar <i>abaayas </i>para não tentá-los. Mas ela
nunca pode se acostumar à constante repressão do homem que, além de seu pai e
Rei de Jaquir, desposou a linda estrela de cinema Phoebe Spring entregando a
ela o famoso colar O Sol e a Lua, de valor inestimável, com a promessa de uma
vida exótica e bela longe daquilo que a atriz conhecia, apenas para trocá-la
por outras mulheres e amaldiçoá-la por ter dado à<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8dAtxI9UNm3qdExENJhyphenhyphenlX8EovTmd_nuPoiUC7u0TLIktMv_MPPNP8FlXnd-crV6W2odWGpZoR9f81kzwa0DashEOM8DCZOkvo-BrF11PULPtzZk3-NOatgEBz560cCitimxuh593EhL-/s1600/DV.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8dAtxI9UNm3qdExENJhyphenhyphenlX8EovTmd_nuPoiUC7u0TLIktMv_MPPNP8FlXnd-crV6W2odWGpZoR9f81kzwa0DashEOM8DCZOkvo-BrF11PULPtzZk3-NOatgEBz560cCitimxuh593EhL-/s1600/DV.jpg" height="320" width="217" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Doce Vingança, de Nora Roberts,<br />
lançado em 1988</td></tr>
</tbody></table>
luz uma filha, Adrianne, e
não um filho.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O ponto inicial de <i>Doce Vingança </i>(Sweet Revenge), de Nora Roberts, lançado em 1988, é
a infância turbulenta por qual Adrianne vive, no castelo em Jaquir, aprendendo
que a mulher, de cabeça baixa, deve dar bons filhos ao marido e ser uma serva
de Alá, isso porque, se fizer diferente, a polícia religiosa a castigará.
Conhecendo as jóias desde criança, ela sabe perfeitamente diferenciar uma falsa
de uma verdadeira. Sua obsessão pelo O Sol e a Lua crescem à medida que, após
fugir de Jaquir para os Estados Unidos com a mãe quando tinha oito anos e
testemunhar a volta decadente da atriz Phoebe Spring ao cinema, a mãe droga-se
cada vez mais e é mais ainda manipulada por agentes. Adrianne sente que precisa
deste colar, que o Rei confiscou da mãe, para sua vingança.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Phillip Chamberlain, um inglês, agora é um agente da
Interpol. Antes, fora um ladrão tão bem sucedido que levava uma vida
confortável, e até propiciara à mãe uma vida melhor. Aposentado de seus roubos
de jóias, ele tem a missão de encontrar O Sombra, o ladrão de jóias mais
procurado pela polícia. O que Phillip provavelmente não esperava era encontrar
Adrianne, a princesa, e apaixonar-se por ela, apesar da frieza e medo inicial
que ela radia. Os dois, combinando conhecimentos acerca de jóias e ações,
embarcam numa aventura muito bem descrita por Nora Roberts, onde há suspense,
romance, cada cenário pintado meticulosamente para dar ao leitor a impressão de
assistir bem de perto todos os acontecimentos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Mas O Sol e a
Lua significa tudo. Não há nada que valha mais em Jaquir, não pelo valor
monetário. Está além de qualquer preço. É uma questão de orgulho e força. Se
sair das mãos da família real, haverá revolução, derramamento de sangue, o
desmoronamento do poder. A inquietação nas fronteiras de Jaquir varrerá o país.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(ROBERTS, Nora. <i>Doce
Vingança</i>, pag. 361)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> É uma história sobre família, sobre reconhecimento
do amor e da paciência, o doce sabor da vingança que é capaz de alimentar boa
parte da vida de alguém, e é uma história sobre não ser generalista. O que quer
que as mulheres do harém sintam em sua realidade, o que quer que Adrianne tenha
aprendido no mundo Ocidental, o que quer que a religião em Jaquir pregue ou as
crenças cristãs, cada pessoa tem sua maneira de encarar a realidade, e muitas
conseguem conviver e entender aquilo que outras não podem compreender.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Lembro que tive esse livro em mãos durante alguns
anos. Sempre me interessou, porém por algum motivo só agora consegui pegá-lo
novamente e ler até o fim. Ainda bem que fiz isso! Devo confessar que Nora
Roberts sempre me surpreende, não por ter surpresas durante o livro, mas pela
sua maneira de escrever que, parecendo tão simples e despretensiosa, é capaz de
marcar a história em meus pensamentos, e nos pensamentos de vários outros leitores.
O livro é divido em três partes, com subtítulos seguidos de citações, sendo
eles: <i>O Amargo</i>, <i>O Sombra </i>e<i> O Doce</i>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Recomendo o livro, pois, além do nome de Nora
Roberts falar por si mesmo, tão reconhecimento que ela possui atualmente, é uma
história inteligente, muito bem escrita, que abrange ambos o mundo ocidental e
oriental, e é um ótimo lembrete do feminismo, o que isso significa de um lado
do oceano e do outro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ninguém a
conhecia. Nem mesmo Celeste compreendia plenamente os conflitos e dúvidas que a
dominavam. Era princesa de uma terra que não era mais a sua. Era visitante num
país que continuava a lhe ser estranho. Era uma mulher que tinha medo de ser
uma mulher. Uma ladra que queria justiça. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(ROBERTS, Nora. <i>Doce
Vingança</i>, pag. 252)<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<o:p><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></o:p></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-61721839553523788402014-01-30T20:30:00.001-02:002014-02-23T20:39:26.161-03:00Caminhando na Chuva, de Charles Kiefer<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Acho que o homem é um amontoado de leituras, de músicas, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de
pinturas e de genes. Penso que o meio influencia a formação </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">da personalidade, não
influencia? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(KIEFER, Charles. <i>Caminhando na Chuva, </i>pag. 13)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Em 1982, Túlio Schüster tem 20 anos e mora em Pau-d"Arco, cidade do interior do Rio Grande do Sul. Neste ano decide registrar suas memórias, contando partes de sua infância, de seus pais, seus avós, de seu primeiro amor chamado Rosana (que Porto Alegre comeu). Esta é a história desenvolvida em <i>Caminhando na Chuva, </i>de Charles Kiefer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJJsUqHhsUCE1YS-UzfIDz_1BAY8CQ9vySB4DNdJnaOt7F85_uzCK_FHzbwXuPuDI3DENoMeVyawpqDf1eRln_E3i_L8vYilpE7I-GLSr88hbSOyUlet0YbhrmnKaS2wdpwlqrk7bWIOii/s1600/CNC.jpg" height="320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="214" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caminhando na Chuva, de Charles Kiefer</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Túlio é filho único, mas nem por isso teve tudo o que sempre quis. Seu pai é caminhoneiro, sua mãe costureira, e são separados. Sendo pobre, Túlio percebe algumas limitações em sua infância e adolescência. Tímido, gosta de livros (há muitas referências em sua narração, incluindo Machado de Assis, Loyola Brandão, Proust, Graciliano Ramos), gosta de pescar, ouvir histórias de seu avô e admira as mulheres. Com capítulos curtos e apenas 113 páginas, o livro é tocante, parece que é a vida do próprio autor sendo contada para nós, talvez até durante um dia de chuva, dentro de uma sala aconchegante com a iluminação um pouco fraca. É mais um livro de memórias da personagem do que um livro de amor homem-mulher, embora esse elemento esteja presente nas mais simples frases, quando o narrador cita Rosana aqui e ali, e quando finalmente nos apresenta a ela, a Rosana que Porto Alegre comeu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br /><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cultura é uma forma de <i>status. </i></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(KIEFER, Charles. <i>Caminhando na Chuva, </i>pag. 81)</span></div>
</div>
<br /><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJJsUqHhsUCE1YS-UzfIDz_1BAY8CQ9vySB4DNdJnaOt7F85_uzCK_FHzbwXuPuDI3DENoMeVyawpqDf1eRln_E3i_L8vYilpE7I-GLSr88hbSOyUlet0YbhrmnKaS2wdpwlqrk7bWIOii/s1600/CNC.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white;"> A única coisa que me irritou foi a falta de justificação do texto, ou seja, o texto não estava alinhado à margem direita. </span>Depois de algum tempo, porém, quando estava completamente envolvida com a vida de Túlio, isso parou de me incomodar. A personagem de Túlio começa tentando não ser pretensiosa, se perde em pensamentos, sempre comentando isso ao decorrer do assunto, sempre tentando voltar ao que devia falar desde o início; no meio Túlio para de divagar tanto, consegue manter o pensamento em linha mais reta. Não há muito o que falar deste livro, pois é um retalho de fatos lembrados, e se eu dizê-los a vocês, acabarei reescrevendo a história.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando chove — gosto de dia de chuva —, saio a caminhar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por
que prefiro caminhar quando chove? Os outros, os habitantes </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">bisbilhoteiros e
chatos, estão em suas casas, por isso saio na chuva. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não faz mal que me molhe,
pegue gripe, resfriado, essas coisas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vale a pena, vale mesmo. A cidade
solitária, sem o ruído desses </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">habitantes barulhentos, se abre, se dá. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(KIEFER, Charles. <i>Caminhando na Chuva, </i>pag. 18)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A edição que li, que foi lançada em 2012, possui dois especiais, uma "Fortuna Crítica": <i>A Leitura em </i>Caminhando na Chuva, <i>de Charles Kiefer, por Sissa Jacob </i>e <i>O Memorial Adolescente de Charles Kiefer, por Deonísio da Silva</i>. O primeiro, publicado originalmente na revista <i>Leitura, Teoria & Prática, </i>de Campinas, é uma análise da pessoa que Túlio se tornou e a relação dele com os livros, com a literatura, e porque ela é tão importante em sua vida. O segundo, da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, nos coloca na história do Brasil e na repressão existente durante a infância e adolescência de Túlio, por conta da ditadura, levando-nos a compreender melhor as limitações que o menino percebeu ao seu redor, destacando um importante ponto: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Túlio lê muita ficção. E a ficção o salva, na medida em </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que lhe possibilita inventar também a sua história.</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(SILVA, Deonísio. <i>O Memorial Adolescente de Charles Kiefer</i>)</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-75059609571782921442014-01-30T20:30:00.000-02:002014-07-17T11:59:00.863-03:00O Mágico de Oz, de L. Frank Baun<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><b>I am Oz, the Great and Terrible. Why do you seek me?</b></i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O Mágico de Oz (The Wonderful Wizard of Oz), de L. Frank Baun,
lançado em 1900, é um clássico da literatura estadunidense, considerado o primeiro livro do gênero fantástico, e pensado para ser um conto de fadas moderno, sem violência e com moral. Um mundo fantástico
é apresentado, sem pretensões, uma viagem inesperada que revelou as boas
qualidades da pequena Dorothy, do Espantalho, do Homem de Lata e do Leão Covarde.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Dorothy Gale mora com seus tios e
Totó, seu cachorro, em Kansas, onde tudo é cinza. Durante um tornado, seus tios
vão para o abrigo e Dorothy se distrai procurando Totó, e acaba por ficar
dentro da casa, quando esta é arrastada pelo ciclone e vai para os ares. O
destino é a Terra de Oz, cheia de cores, criaturas diferentes e… A casa caiu em
cima da Bruxa Má do Leste, matando-a. A menina é honrada pelos Munchkins, os seres que habitam aquela terra, e pela Bruxa Boa do Norte, Glinda. Dorothy quer apenas voltar para
casa, para Kansas, e ver seus </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">tios novamente. Glinda diz a ela que Oz, o
maravilhoso mágico, pode ajudá-la. Usando os sapatos vermelhos da Bruxa Má do
Leste (pois estes possuem algum poder), e com um beijo de Glinda no rosto,
Dorothy e Totó saem à procura da estrada de tijolos amarelos que os levará ao
grande mágico, na Terra das Esmeraldas.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O Espantalho ouviu atentamente, e disse, "Eu não posso entender por que você desejaria deixar esse belo país para voltar para o lugar seco e cinza que você chama de Kansas."</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> "Isso é porque você não tem cérebro," respondeu a garota. "Não importa quão seco e cinza seja nossa casa, nós pessoas de carne e osso preferimos viver lá do que em qualquer país, mesmo que seja este seja tão bonito. Não há lugar como a nossa casa."</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(BAUN, Frank L. <i>The Wonderful Wizard of Oz</i>, pag. 22)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<o:p></o:p></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> No país de Oz, havia quatro
bruxas, sendo a do Sul e a do Norte boas bruxas. A Bruxa Má do Oeste ainda
estava viva, e queria vingar a morte da Bruxa Má do Leste. E no caminho da pequena garota
que só queria voltar para casa, vários gargalos ocorrem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7S5NjewyH6c8kWFEX0VrV8SOnR1CLDKAtqJxUgTaXmnxCaFVzIC7A2hBGt9p-4lfFeVaUAvIOEdxnzpmfku6pkIocx3Al8s8lcT0Zcftss7HcLi5Rfgs1wxQ-U39vkFfvsCIx8ON0BjkN/s1600/TWWOO.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7S5NjewyH6c8kWFEX0VrV8SOnR1CLDKAtqJxUgTaXmnxCaFVzIC7A2hBGt9p-4lfFeVaUAvIOEdxnzpmfku6pkIocx3Al8s8lcT0Zcftss7HcLi5Rfgs1wxQ-U39vkFfvsCIx8ON0BjkN/s1600/TWWOO.JPG" height="400" width="250" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa da versão lida, The Wonderful<br />
Wizard Of Oz, de L. Frank Baun</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Dorothy encontra três personagens
muito interessantes pelo caminho, que se tornam seus amigos. O primeiro é o Espantalho que quer ter cérebro, o segundo é o Homem de Lata que quer ter um
coração, e o terceiro é o Leão Covarde, que quer ter coragem. Juntos, eles
enfrentam o que há na estrada, as armadilhas da Bruxa Má do Oeste, a fim de
conhecer o grande mágico de Oz para que ele realize seus desejos.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <i>O Mágico de Oz</i> foi adaptado para o teatro e cinema. O filme mais conhecido é o que foi lançado em 1939, dirigido por Victor Fleming e estrelado por Judy Garland como Dorothy, Frank Morgan como o mágico de Oz, Ray Bolger como o Espantalho, Jack Haley como o Homem de Lata, Bert Lahr como o Leão Covarde, Billie Burke como Glinda e Margaret Hamilton como a Bruxa Má do Oeste. A produção era um espetáculo de cores e um musical; recebeu o Oscar de Melhor Canção por <i>"Over The Rainbow" </i>e foi indicado por Melhor Filme, Melhor Direção de Arte e outros, além de colocar a jovem Judy Garland no estrelato.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Esta é uma história com macacos
alados, ratos do campo, árvores lutadoras, sapatos mágicos e outras invenções. Escrito
de maneira simples e conciso </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(li em inglês)</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, é o primeiro livro de uma série de 13 volumes</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">.</span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;"> E o melhor (<b>spoiler alert!</b>): não é tudo um sonho.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">"Vocês pessoas com corações," disse ele, "tem algo para guiá-los, </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">e não precisam fazer nada errado; mas eu não tenho um coração, </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">e assim devo ter muito cuidado. Quando Oz me der um coração, </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">é claro que não precisarei me importar tanto."</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">(BAUN, Frank L. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">The Wonderful Wizard of Oz</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">, p</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">ag. 39)</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-87357253424371998352014-01-24T12:45:00.000-02:002014-02-23T20:38:16.413-03:00A Bandeja qual pecado te seduz?, de Lycia Barros<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Do lado esquerdo de cada degrau da escada havia sete </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">homens altos e vestidos de branco. Todos olhavam </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">na minha direção. Na
minha concepção, pareciam anjos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cada um deles segurava uma bandeja de prata e
em cima </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">delas havia uma maçã. Por um motivo insondável, aquelas </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">não eram como
as outras maçãs. Eram magnificamente </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">vermelhas e extremamente aromáticas,
reluziam ao sol </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ainda mais do que a própria bandeja, destacando-se na paisagem
verde. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(BARROS, Lycia. <i>A Bandeja, </i>pag. 46)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> A Bandeja — Qual Pecado te Seduz?</i>, de Lycia Barros, é um romance
brasileiro que trata de questões amorosas e religiosas. É, acima de um livro romântico, um romance cristão (o primeiro romance gospel brasileiro).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O livro foi lançado em 2010 e
desde que eu descobri um vídeo da autora num blog na internet eu me interessei
por suas obras. <i>A Bandeja</i> era seu
único livro até então, com uma premissa que não me interessou a princípio,
devido ao que pensei ter muito conteúdo religioso. Agora fico feliz por tê-lo
lido e por ter me lembrado a tempo que, como um romance realista, o fato de
haver conteúdo religioso é importante pois faz parte da realidade de muitas
pessoas (até então eu tinha lido livros, em sua maioria, que encaravam a ideia
de religião de maneira meio sombria).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Angelina é a personagem
principal. Ela tem pais super-protetores, seus amigos Natasha e Dante, e todos frequentam a igreja. Ela passa
no vestibular e vai cursar Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Esse pequeno fato, essa chave de independência, traz
muitas mudanças para a garota. Primeiro, ela tem que dividir um quarto na
república com Michele, que gosta de fumar maconha e ir para baladas sempre.
Segundo, ela se apaixona por seu professor de Linguística, Alderico, ou
simplesmente Rico. E esse romance é o que dá rumos à história, não apenas
porque Angelina está perdidamente apaixonada por Rico, mas porque ela começa a
ter sonhos com anjos que seguram pecados em bandejas, sinais enviados por uma
força maior para que ela não perca a cabeça.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No meio da nossa agradável conversa, </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">meu
celular tocou. Era meu pai. <i>Que faro!</i> </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tremi nas bases. O que iria dizer? Que estava </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">com um professor no meu quarto,
quase à meia-noite, </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">tomando uma inocente sopa? </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(BARROS, Lycia. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A Bandeja, </i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%; text-align: left;">pag. 57)</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYwGmBrVmmqkBs9Nh4Qz2lYfO3vs_jLrbWU5vjFF_6jjXaKNI3tPA3n1vaBPqVAeDgqOlChXXPy3v0e9hRw_cKE944oqnW9l6O5BfRkHJXjTw3WhPgs6TFoL5oXCtzI2Hkr8lCuTxKh8h/s1600/ABQPTS.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYwGmBrVmmqkBs9Nh4Qz2lYfO3vs_jLrbWU5vjFF_6jjXaKNI3tPA3n1vaBPqVAeDgqOlChXXPy3v0e9hRw_cKE944oqnW9l6O5BfRkHJXjTw3WhPgs6TFoL5oXCtzI2Hkr8lCuTxKh8h/s320/ABQPTS.jpg" height="320" width="218" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Bandeja, de Lycia Barros,<br />
romance de estreia da autora</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Nos sonhos, há sete anjos. A cada
vez que Angelina tem esses sonhos, algo acontece com os anjos (até restar
apenas um), e com ela mesma. No começo, ela fica fascinada pelos objetos que
eles trazem acima da bandeja. São símbolos que a garota tentará traduzir e, se
descobrir o significado a tempo, pode conseguir se salvar do que sente. O livro
contém pequenos trechos da Bíblia, partes que Angelina lê ou se lembra conforme
as situações ocorrem. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O cenário que Lycia Barros
descreveu, com as personalidades inseridas, é basicamente o que ocorre numa
faculdade. Em Petrópolis, RJ, Angelina se descobre com a ajuda de algumas
pessoas que um leitor atento conseguirá entender mais rápido. Bem escrito, com
personagens realistas e enredo consistente, Lycia Barros lançou seu romance de
estreia. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Este romance é muito especial pelo fato de trazer a conversa sobre Deus a tona entre adolescentes, sem deixar de dizer vários pontos de vista e de discutir sobre relacionamentos amorosos, amizade e família.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A autora apresenta uma nova explicação do que é o amor. No começo, fiquei meio apreensiva pois Angelina me pareceu muito ingênua e inocente, como se tudo o que estivesse acontecendo não fosse cabível no mundo dela, como se tudo fosse uma novidade imensa e por isso ela não aceitava bem muitas coisas. Ela julgou as pessoas, assim como as pessoas julgavam-a por ela ser quem era, o que é plausível, mas me fez pensar nela como do tipo que prega algo que não acredita ou que não faz. Michele me pareceu mais autêntica, que fazia as coisas e sabia porque as fazia, fosse bem ou mal. Dante também foi muito sincero consigo mesmo. Rico só estava apaixonado, assim como Angelina, porém havia algumas pedras no caminho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Recomendo às pessoas que estiverem entrando na faculdade e que gostam de livros com mensagens/reflexões sobre Deus. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sôninha Senra, do Cantando Livros, criou uma música sobre o livro, para ouvir </span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=d1ju0ZY6GIU" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">clique aqui</a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No site da autora, </span><a href="http://www.lyciabarros.com.br/obras_detalhes_A_Bandeja.html" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">clique aqui</a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, você pode ler o primeiro capítulo do livro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Reconheci que estava explodindo de amor por
ele. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A música ainda soava na minha cabeça. Tive certeza que, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">por um amor como
esse, eu andaria na chuva com ele de novo, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">tomaria banho de lama sem reclamar,
iria a pé do Rio </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a Petrópolis só para vê-lo e decoraria todos os versículos </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">da
Bíblia se fosse necessário. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(BARROS, Lycia. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A Bandeja, </i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">pag. 212)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-35090703986842893822014-01-14T13:16:00.002-02:002014-01-14T13:24:38.112-02:00Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não se sabia bem onde nascera, mas não fora
decerto </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Errava quem
quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quaresma era antes de tudo
brasileiro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(BARRETO, Lima. <i>Triste Fim de Policarpo Quaresma, </i>pag. 18)</span><o:p></o:p></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> Triste Fim de Policarpo Quaresma</i>, de
Lima Barreto, foi primeiramente publicado em folhetins no <i>Jornal do Commercio</i>, em 1911 e em livro em 1915. A história
apresenta Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, um adorador do
Brasil, um patriota que tem planos de devolver ao país as mais antigas
tradições.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Se a língua
definitivamente brasileira era o tupi-guarani, o correto seria toda a população
ter como língua oficial o tupi-guarani. Cumprimentar conhecidos com as mãos?
Não, o mais aceitável seria <i>chorar</i> ao
ver conhecidos, pois essa era a tradição dos tupinambás. A moda de viola, o
estudo dos rios, agricultura, indígenas, tudo isso era de pleno interesse para
Quaresma, que estudava tudo o que fosse relacionado ao Brasil. Esse
patriotismo, no entanto, foi capaz de transformá-lo num quase recluso da
sociedade,<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA92NCFu-GYDQXxbbK5QNFeghsYzKAEXLuRjjg2KxOac82UqsEs2sXFCSc_ceS_OchmYZSjNm3UOqtbG_P-K_eByT1SHPBAp0-qORS9S_S2UhlgYiWvn1eipu2hNVn9W9tM88zbY4FleJA/s1600/TFDPQ.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA92NCFu-GYDQXxbbK5QNFeghsYzKAEXLuRjjg2KxOac82UqsEs2sXFCSc_ceS_OchmYZSjNm3UOqtbG_P-K_eByT1SHPBAp0-qORS9S_S2UhlgYiWvn1eipu2hNVn9W9tM88zbY4FleJA/s1600/TFDPQ.JPG" width="260" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Triste Fim de Policarpo Quaresma,<br />
de Lima Barreto</td></tr>
</tbody></table>
motivo de riso entre todos e mesmo onde trabalhava como
subsecretário no Arsenal de Guerra.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O narrador que
não participa dos eventos conta-nos a história parecendo estar preocupado com
Quaresma, quase como se quisesse dizer “Não seja tão radical”. O que se espera
de alguém que age da maneira com o que o major agia, sempre enaltecendo a
pátria e esquecendo-se de conviver mais com as pessoas e tentar entendê-las em
sua vontade de não ser como ele, de não ser 100% nacionalista?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Outras
personagens têm destaque. Ricardo Coração dos Outros é o tocador de viola e
compositor, que tenta ensinar a Quaresma esta arte; Olga, a afilhada do major,
que nutre por ele um carinho especial porém é um tanto distante do mesmo; o marechal Floriano Peixoto (retrata a participação de Quaresma na Revolta Armada, fazendo parte da tropa de Floriano. O conflito ocorreu em 1893-1894, liderado pela Marinha Brasileira contra o presidente Floriano Peixoto) e a que mais
me chamou atenção foi Ismênia, filha do general Albernaz, o vizinho, por ter
sido ensinada implicitamente em toda a sua vida que o casamento era a coisa
mais importante que lhe poderia acontecer e por isso ela não se conecta a nada
além, nem aos sentimentos de amor… Você pode saber mais sobre a história (com "spoilers") <a href="http://www.companhiadasletras.com.br/guia_leitura/85023.pdf">clicando aqui</a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> Triste Fim de Policarpo Quaresma </i>é um
romance de crítica à história do Brasil. Quaresma é internado num hospício num
dado momento da narração e por volta de 1915 o autor Lima Barreto, depressivo e
alcoólatra, é internado no Hospício Nacional de Alienados. Coincidência…?</span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"> Conheci a obra
através de uma indicação e li porque é um importante livro da literatura
brasileira. Durante o tempo de leitura, eu estava muito distraída e deve ser
por isso que não consegui me envolver tanto com as desventuras de Quaresma,
porém reconheço a importância histórica, os sentimentos tratados aqui e o
recomendo para qualquer pessoa que, com a mente aberta para entender que o fim
é </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">triste</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"> mesmo, queira conhecer mais
desse Brasil antigo.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Desde os dezoito anos que o tal patriotismo lhe
absorvia </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que lhe importavam
os rios? Eram grandes? Pois que fossem… </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em que lhe contribuiria para a
felicidade de saber o nome </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">dos heróis do Brasil? Em nada… O importante é que
ele tivesse sido feliz. Foi? </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: small;">(BARRETO, Lima. </span><i>Triste Fim de Policarpo Quaresma</i><span style="font-size: small;">, p</span>ag. 245)</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-49285421404129004142014-01-08T22:05:00.000-02:002014-02-23T20:40:41.336-03:00Corpo de Delito, de Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Douglas:
“Pra que servem todos esses sentimentos? <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Pra
que servem pai, mãe, família se só existe prepotência e injustiça?”<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(BERARDI,
Giancarlo; MANTERO, Maurizio. Corpo de Delito, pag. 39)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
Corpo de Delito</span></i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
da série de quadrinhos <i>J. Kendall, Aventuras de Uma Criminóloga</i>,
tem roteiro de Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero e desenhos de Valerio
Piccioni e Laura Zuccheri, tendo sido lançado na Itália em 2003 marcando a 56ª
aventura de Júlia Kendall, desta vez envolvendo o assassinato da família
Norton.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSrF1mci166R5Kj6m7lo6tbQLCLjFie17mtB16D8XhazRbLB3EtyMN-fYIWQKlicoFF17ylUO4SKeJdua-r6ZgF-UCnW0jp4nZw0c7BWenJkQYsDaeJcL2mdCDJlTer4yZ0bvP7Tur2z0M/s1600/CD.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSrF1mci166R5Kj6m7lo6tbQLCLjFie17mtB16D8XhazRbLB3EtyMN-fYIWQKlicoFF17ylUO4SKeJdua-r6ZgF-UCnW0jp4nZw0c7BWenJkQYsDaeJcL2mdCDJlTer4yZ0bvP7Tur2z0M/s320/CD.jpg" height="320" width="243" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa da HQ da 56ª aventura de J. Kendall</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
O jovem Douglas Norton é suspeito de assassinar seu pai, mãe e irmã. A
criminóloga Júlia Kendall não está totalmente convencida disso, e foi chamada
para ajudar na investigação </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">um pouco antes. Sem um corpo de delito ou sem a
arma do crime, não era possível condenar o jovem, mesmo este tendo confessado
que era culpado. Será ele o culpado? É conhecido que passava por depressão e
pensava que odiava sua família, mas seria ele capaz deste crime? E as outras
pessoas envolvidas, teriam elas alguma ligação maior com o trágico fim da
família Norton?</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Também!
Quantas vezes ouvimos que a nossa sociedade vive de competição? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Que
todos devem buscar se destacar?” - Júlia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“E
não é assim?” - Alan<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Mas
nem todos têm condições, assim como nem todos podem vencer! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quem
não consegue, faz o quê?” - Júlia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Bem…
Imagino que deva aceitar o fato!” – Alan<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(BERARDI,
Giancarlo; MANTERO, Maurizio. Corpo de Delito, pag. 48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
Júlia Kendall ouviu relatos de várias pessoas que tiveram contato com os
Norton e que tinham algo a dizer. Sendo Douglas o único sobrevivente da família
e tendo problemas de depressão, ser um tanto anti-social e ainda “odiar” sua
família deixa o trabalho de todos mais leve… No entanto, como poderia um garoto
de 16 anos com todas essas características ser o culpado do crime em um livro
de quadrinhos policial? As respostas são encontradas quando os investigadores
abrem mais a mente para entender o garoto, e eles podem descobrir fatos que nem
sequer pensaram.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
A história em quadrinho possui 132 páginas com muita emoção. Os desenhos são
bem feitos e o desenvolvimento é verossímil. Em certos momentos, porém, notei
algumas cenas desnecessárias: poderiam acontecer naturalmente na vida da
criminóloga, no entanto não eram importantes para o livro; penso que era parte
da estratégia para enganar o leitor. <s>Não pude deixar de notar a
semelhança entre Júlia Kendall e a atriz Audrey Hepburn</s>. Após
pesquisar sobre a série, descobri que Júlia Kendall é inspirada na atriz Audrey
Hepburn, que atuou no clássico <i>Bonequinha de Luxo</i> (<a href="http://1001noitesblog.blogspot.com.br/2013/01/bonequinha-de-luxo-livro-vs-filme.html#more"><span style="color: blue;">clique aqui</span></a>), e a empregada e amiga Emily é
inspirada em Whoopi Goldberg, que atuou em <i>Ghost</i>.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfhpzv2nirajpWiDujiRdGH5MvHKFdEwnLyhTgQuVEj9JsyJsaABB1taxi0u3UpS8AAU_t048iKINPnF63qItLUfifmmbiUd1ZKZYsnhyphenhyphenAJ9RrUnVnUtFKH5dvnnwUGTakRNaneg1UODsi/s1600/AH.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfhpzv2nirajpWiDujiRdGH5MvHKFdEwnLyhTgQuVEj9JsyJsaABB1taxi0u3UpS8AAU_t048iKINPnF63qItLUfifmmbiUd1ZKZYsnhyphenhyphenAJ9RrUnVnUtFKH5dvnnwUGTakRNaneg1UODsi/s320/AH.jpg" height="320" width="247" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Audrey Hepburn, a atriz inspiração<br />
para a fisionomia de Júlia Kendall</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF0haZUhEYWP-J7UjLhzzdSThyphenhyphen592KO0o3X_jrCWevJ7Q3jcGnfCn0KXOExnG_9AY3prAWJ9FhEIAaqkuszLD1882SySuetjJxqwgRXqGpiAHyC8yWlnD83gRsqz73gnb8WNg6YZT5EDPi/s1600/JK.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF0haZUhEYWP-J7UjLhzzdSThyphenhyphen592KO0o3X_jrCWevJ7Q3jcGnfCn0KXOExnG_9AY3prAWJ9FhEIAaqkuszLD1882SySuetjJxqwgRXqGpiAHyC8yWlnD83gRsqz73gnb8WNg6YZT5EDPi/s320/JK.jpg" height="320" style="cursor: move;" width="229" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Júlia Kendall, a criminóloga</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Os
quadrinhos foram criados na Itália em 1998 e somente publicados no Brasil por
volta de 2004, sendo chamados de Júlia. Como romances de banca já recebiam esse
nome, a editora teve que mudar para <i>J. Kendall: Aventuras de Uma
Criminóloga</i>. Saiba mais sobre Júlia Kendall <a href="http://www.texbr.com/julia/noticias/20040916_julia_apresentacao.htm"><span style="color: blue;">clicando aqui</span></a>.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
Enquanto lia, algo me lembrava livros que costumava gostar quando
criança, cheios de suspense, da pergunta “quem matou essa personagem?” As imagens
tão bem desenhadas me transportaram para aquele mundo preto e branco em que
aconteciam coisas terríveis e que tinham que ser solucionadas rápido.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“É
tudo tão complicado! Eu me pergunto mas nem sei <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">se
é justo me perguntar!” – Patrícia<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Perguntar
a si mesmo não é errado, <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">se
responde com honestidade!” – Douglas<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(BERARDI,
Giancarlo; MANTERO, Maurizio. Corpo de Delito, pag. 67)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><b> Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-25198898809428965082014-01-04T16:38:00.000-02:002014-02-23T20:41:50.334-03:00As Memórias de Greg Heffley, de Jeff Kinney<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Mas se
tem uma coisa que eu aprendi com o </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Rodrick foi abaixar as expectativas das
pessoas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Assim dá para surpreendê-las fazendo quase nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(KINNEY,
Jeff. <i>As Memórias de Greg Heffley, </i>pag.
15)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> As Memórias de Greg Heffley </i>(Diary of a Wimpy Kid)<i> </i>é o primeiro
volume da série <i>Diário de Um Banana. </i>É<i> </i>um romance em quadrinhos escrito e
desenhado por Jeff Kinney, lançado em 2007 em inglês e <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9bl3fHh7PjXc5CNNEH7vqhgcIGKUVV6_abZHq0kCwlCe0iATtX8dpRjNJJ3AaQEdDFoLl4pgyV-W6XAvb_riXGn215QidaJ-aT_1tkq_88clJco7nflhCzCx-J2bSHnLSSi3XvRSLM7a4/s1600/AMDGHDDUB.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9bl3fHh7PjXc5CNNEH7vqhgcIGKUVV6_abZHq0kCwlCe0iATtX8dpRjNJJ3AaQEdDFoLl4pgyV-W6XAvb_riXGn215QidaJ-aT_1tkq_88clJco7nflhCzCx-J2bSHnLSSi3XvRSLM7a4/s320/AMDGHDDUB.jpg" height="320" width="215" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Diário de Um Banana, de Jeff Kinney<br />
volume 1</td></tr>
</tbody></table>
hoje figura como
Best-seller do New York Times. Trata-se de um <i>livro de memórias</i> e não um diário (só para não te deixar confuso, a
mãe de Greg comprou um caderno com a </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">palavra “diário”, mas é bom isso ser
esclarecido antes que os débeis comecem com ideias sobre Greg).</span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;"> Greg Heffley é
um garoto que está no sexto ano da escola e não é popular, nem o palhaço da turma,
nem um débil. Rodrick é irmão mais velho de Greg e Manny o mais novo. Tudo o
que Rodrick apronta para Greg, Greg desconta no melhor amigo Rowley, porém é
difícil o último perceber as sacanagens.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Como todo
garoto, Greg tem grandes aspirações. Ser halterofilista, cartunista, criador de
uma casa de assombração… Seus planos são bem estruturados, e o fôlego para
realizá-los acaba rápido, ou é destruído pelos erros no caminho. Mas Greg nunca
para de tentar fazer coisas novas. Rowley é seu amigo cobaia que pode levar a
pior em várias ocasiões. Em outras, pode acabar por provar a Greg o valor de
uma amizade <i>sincera</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Com desenhos bem
humorados e a escrita corrida, <i>As
Memórias de Greg Heffley </i>me divertiram por lembrar-me de outros livros que
lia quando criança e principalmente a simplicidade da vida nesta idade. Quase toda a
minha família leu o livro e, apesar do público alvo ser infanto-juvenil,
qualquer pessoa pode ter um bom momento lendo as aventuras de Greg, descobrir o
que é o “Toque do Queijo” e o jargão “Epa neném!” que tanto fez sucesso na
escola do garoto banana.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLO7KC94OuPOU7xYdVtlyzgUROT74lzUfRKWyfkFwSW3HAo2LyoeEfAHohGkBuGyfwMPy4fGbvbNe91j1jqByhtFflgt1Xnz3DgaRnbOEj52mynk07wthlva_fyVeCeJfNxSZcDQW_WMI4/s1600/AMDGH.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLO7KC94OuPOU7xYdVtlyzgUROT74lzUfRKWyfkFwSW3HAo2LyoeEfAHohGkBuGyfwMPy4fGbvbNe91j1jqByhtFflgt1Xnz3DgaRnbOEj52mynk07wthlva_fyVeCeJfNxSZcDQW_WMI4/s320/AMDGH.PNG" height="200" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small; line-height: 24px;">(KINNEY, Jeff. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium; line-height: 24px;">As Memórias de Greg Heffley, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small; line-height: 24px;">pag. 2)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<o:p><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></o:p></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-34051208625859433932013-12-31T16:41:00.002-02:002013-12-31T16:41:14.168-02:00Os Melhores Livros Lidos em 2013<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip1EnmEwYGQoL37vazUzm7YTKrmwdd9mLJikzDReDoEc2WIAmHshsRjh4oJl9kyU537kY9dag2nCRe4fVp2ty8he4iOZ6vJoFdK7YOePgBUsDKQPDUOXcPdMbspzLkiQV9cLGa1mjq9RDH/s1600/DSC02349.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip1EnmEwYGQoL37vazUzm7YTKrmwdd9mLJikzDReDoEc2WIAmHshsRjh4oJl9kyU537kY9dag2nCRe4fVp2ty8he4iOZ6vJoFdK7YOePgBUsDKQPDUOXcPdMbspzLkiQV9cLGa1mjq9RDH/s400/DSC02349.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Como de costume, este post é dedicado às melhores e piores leituras durante o ano de 2013.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <b>MsBrown</b>: Durante o ano criei um arquivo em que colocava os nomes dos livros que gostaria de ler. Essa lista ultrapassou 70 títulos, conhecidos através de resenhas maravilhosas que eu encontrava nos blogs literários que sigo ou aqueles títulos que sempre quis ler. Infelizmente, poucos deles tiveram minha atenção. Isso ocorreu porque, além de outros títulos terem roubado-lhes o foco, 2013 foi um ano de muitas mudanças em minha vida, começo de faculdade, falta de tempo... Em todo o tempo, porém, eu sentia falta de estar com livros, de poder saboreá-los, e é por isso que a palavra "férias" soa tão bem para mim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Entre as <strike>piores</strike> decepcionantes leituras de 2013, posso citar <i>Menino de Engenho, </i>de José Lins do Rego, que de início me pareceu ser uma história muito legal e que no final fez minha atenção ir embora como um bagaço de cana no engenho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Entre as melhores leituras, devo citar <i>O Retrato de Dorian Gray</i>, de Oscar Wilde, livro que me inspirou muito pois é tão sincero, bem escrito, tocante. <i>A Troca</i>, de Sandra Brown, também foi um livro marcante que, para mim, transformou uma ideia inicial clichê numa história muito envolvente e real; <i>Morte Súbita</i>, de J.K. Rowling, é um cair de panos da sociedade e eu o defendo sempre que alguém tenta encontrar um defeito; <i>Morte e Vida Severina e Outros Poemas Para Vozes</i>, de João Cabral de Melo Neto, é um clássico brasileiro que me faz querer relê-lo sempre; e os últimos volumes da série <i>Dragões de Éter</i>, sendo eles <i>Corações de Neve </i>e <i>Círculos de Fogo,</i> de Raphael Draccon, que desde o início dessa série me fez pensar que temos um autor de fantasia muito especial no Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Ao ler o post de 2012 sobre o mesmo assunto (<a href="http://1001noitesblog.blogspot.com.br/2013/01/os-melhores-livros-lidos-em-2012.html#more">clique aqui</a>), percebi que apenas 3 desejos meus consegui realizar: ler mais livros em inglês e li <i>Fani em Busca do Final Feliz</i>, último livro da série <i>Fazendo Meu Filme</i>, de Paula Pimenta, e <i>A Garota do Outro Lado da Rua, </i>da Lycia Barros. Os outros livros ainda pretendo ler, e quem sabe 2014 seja o ano certo para conhecê-los? Quero ler livros do John Green, da Sandra Brown, do "Robert Galbraith", Carolina Munhóz, Paula Pimenta, Eça de Queiróz, Euclides da Cunha e outros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Além disso, pretendo pôr em prática "O Projeto" do blog, que consiste na leitura e associados de várias séries literárias, sendo que a primeira será <i>As Crônicas de Nárnia</i>, de C.S. Lewis, e no futuro teremos <i>Sítio do Picapau Amarelo</i>, do Monteiro Lobato, e <i>Desventuras em Série</i>, de Lemony Snicket. Os primeiros serão infanto-juvenis, podendo migrar para as outras séries também... Aguarde.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <b>MsMitchell: </b>Durante o ano de 2013 não li muitos livros como costumava nos anos anteriores, portanto vou falar apenas daquele que mais gostei. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <i>O Morro dos Ventos Uivantes, </i>de Emily Brontë, foi uma experiência diferente: eu estava acostumada com livros românticos como Jane Austen, comédias de costume e ao ler este clássico<i> </i>descobri uma história não menos romântica, mas que trata da não estrega de seus personagens, da não admissão, da 'submissão' ao amor um do outro. É um romance sombrio, no qual os casais principais estão em uma relação amor e guerra.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Das minhas expectativas do ano passado, não cumpri quase nada, em parte por causa da faculdade e do emprego novo, mas durante essas férias vou tentar cumprir as exigências do ano passado. E escrever mais...</span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-48499097960691612332013-12-23T13:00:00.001-02:002013-12-23T13:01:09.157-02:00Feérica, de Carolinha Munhóz<i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Who is going to be the next American Idol?</span></i><br />
<i style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ladies and gentleman, how about a fairy?</span></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Violet Lashian tem cabelo roxo, é uma fada de Ablach e admira tanto o mundo dos humanos que por anos fica pensando na possibilidade de deixar seu mundo, onde ela é negligenciada e tratada como "maluquinha", para viver onde estão as pessoas cheias de glamour as quais admira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> Feérica </i>é um romance fantástico de Carolinha Munhóz, lançado em 2013. Sua personagem principal é essa fada que, estranhamente, quer viver um conto de fadas! Violet considera que, com tantos desejos realizados dos humanos, eles podem realizar o sonho <i>dela</i>. A feérica violeta quer ser famosa. E nada melhor que o maior reality show da TV norte-americana para revelá-la, certo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Com 34 anos feéricos e 17 anos humanos, Violet deixa seu mundo após um mal entendido que a envolve num crime de punição eterna. Deixando mãe e irmãs para trás, ela acaba<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSQiFOCCeTtI-piOcT_n3hdNuFXrg1TfWk6ERbZoelED7nONNeInXP_ONeUNu4wxz_Aef-Mv8di1BR_mQYFxsYe0aaX-eF-_k0H5ULBiYxlZrRyatV4nJgweSp7QNAvQ4l-hHQcRdgOwHi/s1600/FCM.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSQiFOCCeTtI-piOcT_n3hdNuFXrg1TfWk6ERbZoelED7nONNeInXP_ONeUNu4wxz_Aef-Mv8di1BR_mQYFxsYe0aaX-eF-_k0H5ULBiYxlZrRyatV4nJgweSp7QNAvQ4l-hHQcRdgOwHi/s320/FCM.jpg" width="222" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Feérica, de Carolina Munhóz<br />lançado em 2013 <br />pela Fantasy - Casa da Palavra</i></td></tr>
</tbody></table>
num albergue em Los Angeles. Antônio, o dono do albergue, é o senhor que vai contá-la sobre as audições para o reality show. E Violet ainda duvidava de seu feitiço de sorte!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Nessa aventura ela conhece várias pessoas... Encantando a todos quando abre asas em pleno show, o produtor do programa e sua filha passam a cuidar da fada e a ideia de um reality show mostrando como é a vida dela na Terra é iluminada. Apesar de Michael, seu agente, querer um programa que a mostre como fada, e não como uma "aspirante a humana causadora de problemas", ainda tem muita paciência com a fada que se admira com relógios, Sucrilhos, máquina caça níquel do Bruce Lee (ok, aí <i>todos nós </i>ficamos abobalhados) e que frequenta os lugares mais badalados de Los Angeles e Las Vegas, <i>baby</i>! Ao lado de Sabrina, filha do produtor, Violet se infiltra no mundo das celebridades, aproveitando cada pedacinho da cidade dos anjos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">—</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Meu nome é Violet Lashian. Acho que para vocês eu </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">teria
uns 17 anos e quero ser o próximo ídolo americano </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">porque vocês estão acostumados
a verem fadas realizarem </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">os seus sonhos, e acho justo pela primeira vez na vida </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">realizarem o sonho de uma fada. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(MUNHÓZ, Carolina. <i>Feérica,</i> pag. 9)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Será que Violet vai perder a cabeça? E o que acontece com sua família em Ablach enquanto ela sai com lutadores de UFC, com ídolos americanos, desfila para a Victoria's Secret e faz aparição no programa do entrevistador mais famoso da TV, Dennis Papperman? Essas questões são bem escritas, bem colocadas, e o humor de Dennis Papperman durante a história deixa tudo mais descontraído, conseguindo tirar gargalhadas da plateia e de nós, leitores de seu programa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Carolina Munhóz sempre foi uma admiradora de reality shows, e até participou do <i>Ídolos</i>, na adolescência. Notícias recentes divulgam que ela terá seu próprio reality show, em que mostrará como é sua vida sendo escritora ao lado do marido, Raphael Draccon, também escritor. <i>Feérica </i>é um livro de referências do mundo pop, um conto de fadas de uma fada que consegue não apenas encantar a quem assiste ao show, mas a nós, espectadores de seu mundo fantástico. Ler <i>Feérica</i> é estar do lado da fada que apenas quer se sentir bem onde está, que quer entender porque todos a tratavam tão diferente... A autora traça um caminho para Violet que nos ensina, mais que tudo, a aproveitar o momento sem esquecer as raízes. E que quando nos atormentam, basta dizer: <i>Sério </i>mesmo? (dá um sorriso) <i>Bitch, please!</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Resultado daquela noite: Violet havia provado </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">mundialmente
que a Terra era seu parque de diversões </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">e não existiam mais reis, rainhas,
presidentes ou milionários.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Violet Lashian governava o mundo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(MUNHÓZ, Carolina. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Feérica,</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> pag. </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">203)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Logo que descobri e adorei os livros do Raphael Draccon, descobri a Carolina Munhóz e pensei "Ele não se casaria com alguém que escreve mal, né?", daí li resenhas sobre os livros dela e tive a sorte de ler <i>Feérica</i>, que não é apenas um livro bom, consistente, é diferente e reúne referências que consigo me conectar. Em cada capítulo há uma frase de um programa de TV ou seriado, em inglês e com a tradução. A cada capítulo, há um espaço reservado para a entrevista que está acontecendo no programa de Dennis Papperman, sempre engraçada, e Violet vai contando sua trajetória...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Não há o que dizer a não ser elogios para o livro nacional fantástico. Sempre digo que não sou muito chegada a livros desse gênero, mas me surpreendo e passo cada vez mais a apreciá-los. Para mim, é muito importante que autores nacionais estejam escrevendo assim, quebrando as barreiras do preconceito. Já é um elogio o livro ser romance <i>fantástico!</i> O Dicionário Web traz como significado da palavra "fantástico" o seguinte: "Que só existe na fantasia. Imaginário. Caprichoso. Extraordinário. Incrível." </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As fadas existiam porque humanos ainda </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">acreditavam em sua
existência. Violet decidiu que já era </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">hora de mostrar que eles tinham motivo
para isso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(MUNHÓZ, Carolina. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Feérica,</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> pag. </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">28)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-45218177063545142952013-12-03T16:30:00.000-02:002013-12-03T16:30:24.181-02:00A Garota do Outro Lado da Rua, de Lycia Barros<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- (…) Também lembro de como ela brigava comigo </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">quando eu
ficava dividido entre terminar de arrumar </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">o meu quarto ou espiar a sua casa
pela janela. – Calei-me por </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">dois segundos, embaraçado pelo que acabara de
revelar. – Lembro-me </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de você – confessei num murmúrio. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(BARROS, Lycia. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A Garota do Outro Lado da Rua</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, p</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">ag. 52)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> A Garota do Outro Lado da Rua</i>, de Lycia Barros, lançado em 2012, é uma história teen, deliciosa de se ler, com personagens cativantes e enredo conciso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Quando descobri este livro embrulhado de presente num papel vermelho, fiquei tão surpresa e feliz! Há tempos queria ler os livros da Lycia Barros e nunca tinha dado certo. Até que este exemplar caiu em minhas mãos, e eu o devorei como deve ser.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Antes de lermos qualquer livro, sempre achamos que sabemos algo sobre ele. Que sabemos os rumos que a história vai levar. E às vezes esses rumos que imaginamos acontecem, naturalmente. Exceto quando li <i>A Garota do Outro Lado da Rua. </i>Aqui, eu só queria que Enzo se desse bem com Rafaela e que eles fossem felizes. Não digo que isso não aconteceu, mas houve surpresas aqui e ali, uma pitada de "você não imaginou isso, né, leitor?".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A história se passa no Rio de Janeiro, e tem a Floresta da Tijuca como cenário principal. Enzo é um garoto tímido, inteligente e apaixonado por Rafaela, sua vizinha, desde pequeno. Agora que ele tem 16 anos, continua a observá-la, remoendo-se quando ela está com Mateus (o "bombado" da turma, o popular). Mas eles, apesar de vizinhos e de serem colegas de turma, não se falam. Rafaela é popular, tem um site de moda com mais de 7 mil seguidores e está sempre preocupada com que as pessoas irão pensar dela.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Nossa… - ela se recostou na parede. – Como pode amar
alguém que não te conhece? Somente por vê-la? Não consigo compreender.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0KtOvk2l7xUbRb6XgxUBQTzq_jbDwEyybjrOh559TLI2Ws1c9jx9hVTGj2ZH7pQ7FIXp5rgHg6heduOeuKSdmJP9ZsEKW_LKQ0aDC7epJUEI3Yx2MVZ544qDfWOoSI9TGqh8EoaAoWAUS/s1600/AGDOLDR.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0KtOvk2l7xUbRb6XgxUBQTzq_jbDwEyybjrOh559TLI2Ws1c9jx9hVTGj2ZH7pQ7FIXp5rgHg6heduOeuKSdmJP9ZsEKW_LKQ0aDC7epJUEI3Yx2MVZ544qDfWOoSI9TGqh8EoaAoWAUS/s400/AGDOLDR.jpg" width="270" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Garota do Outro Lado da Rua, de Lycia Barros<br />
lançado em 2012</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Provavelmente, eu e você temos um tipo diferente de
coração. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">(BARROS, Lycia. </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">A Garota do Outro Lado da Rua</i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: center;">, p</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ag. 55)</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Numa excursão da turma do colégio à Florestal da Tijuca, acontece um assalto e, assustados, Enzo e Rafaela fogem na mata. Para desespero de ambos, acabam se perdendo. Agora é hora de usar os conhecimentos de Enzo para sobreviverem na florestal, <i>desde que Rafaela cale a boca!</i> A menina, histérica, não consegue ficar muito tempo sem falar. Para aquilo que de início pareceu um sonho realizado para Enzo (imagine, se perder na floresta com a menina de seus sonhos!), tornou-se quase insuportável... Eles brigaram muito, mas também se conheceram melhor e me proporcionaram muitas gargalhadas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A história foi muito bem construída, acho eu. Isso porque a autora conseguiu me conduzir até onde queria, conseguiu me fazer entender, a cada passo, qual sua ideia, sua mensagem. A personalidade dos personagens foi crível, real, nada do que não é possível observar em nosso cotidiano. Então o final foi justo, do tamanho que deveria ser (já que, como é clichê dizermos, todo final é um novo começo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A autora deu muitas dicas de como sobreviver na floresta. Leitores mais atentos saberão fazer uma fogueira sem fósforo ou isqueiro, saberão o que poderão comer da mata, maneiras para espantar os bichos... Se não fosse uma história de adolescentes se descobrindo, seria um manual de sobrevivência. O que achei muito legal, porque gosto de florestas!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Os diálogos foram superdivertidos e a única crítica que tenho a dizer agora, e nem é lá uma crítica, é que poderia ser um pouquinho mais extenso, não? Agora eu fico aqui, com saudade dos personagens, de participar em suas vidas...</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> No canal da Lycia Barros, no Youtube, é possível assistir ao book trailer e tem um vídeo muito legal com os modelos do book trailer convidando o pessoal para ir ao evento literário de divulgação de </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A Garota do Outro Lado da Rua </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(<a href="http://www.youtube.com/watch?v=oq4GFfUWLg4">clique aqui</a>).</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Acho que debaixo dessa fachada fútil, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">existe uma pessoa realmente especial. É impossível </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que alguém vazio pudesse emanar tanto brilho. Se você </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">juntasse o que tem por dentro, com o que já tem por fora, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a verdadeira Rafaela seria simplesmente imbatível. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(BARROS, Lycia. <i>A Garota do Outro Lado da Rua</i>, pag. 91)</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-70491163541050801562013-11-16T22:49:00.000-02:002013-11-16T22:49:55.681-02:00Morte e Vida Severina, livro VS filme<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <i>Morte e Vida Severina</i> é um poema, um auto de Natal, do autor João Cabral de Melo Neto publicado em 1956. Severino, enfrentando uma crise existencial, é um retirante que sai do Pernambuco até o Rio Capibaribe em busca de um lugar melhor para viver. Troca palavras com pessoas no caminho, e o único evento constante é a morte, presente desde que Severino nasceu no Nordeste do Brasil. É um poema que discute a seca, a vida e morte do retirante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYreA_f8qN_W_NvZMj11-kSdmUHxG9HYecdo6GNpWZ7CmnOf0Z0tENFDy65ueO9-aIqQjXwNQrYPehyLt6WsoyiWQhI_rODtk6CZdtWhYZwrHNWJ33JPgL3lLA71X3-kcM5iuFixC6kjS2/s1600/MVS.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYreA_f8qN_W_NvZMj11-kSdmUHxG9HYecdo6GNpWZ7CmnOf0Z0tENFDy65ueO9-aIqQjXwNQrYPehyLt6WsoyiWQhI_rODtk6CZdtWhYZwrHNWJ33JPgL3lLA71X3-kcM5iuFixC6kjS2/s320/MVS.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Um poema delicioso de ler gerou uma animação deliciosa de assistir. A animação tem duração de 55 minutos, foi dirigida por Afonso Serpa através dos quadrinhos desenhados por Miguel Falcão, um cartunista, produzida pela TV Escola e com Gero Camilo como Severino, em 2009. Foi a única produção brasileira finalista em todas as categorias do Japan Prize 2013.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Gostei muito do filme, foi bem fiel e original. Usou imagens marcantes, seguiu o roteiro como tinha de ser. A melancolia, a esperança e a vida brasileira foram retratadas através de metáforas que poetizaram ainda mais uma criação tão primorosa quanto <i>Morte e Vida Severina</i>. Sinceramente, não tenho nenhuma crítica negativa a ambos, ao livro ou ao filme. Para mim, foi muito importante que essa animação foi criada, pois valoriza artistas nacionais e um poema tão realista, que fala de problemas atemporais em relação ao Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> No post da resenha do livro <i>Morte e Vida Severina e Outros Poemas Para Vozes </i>(<a href="http://1001noitesblog.blogspot.com.br/2013/10/morte-e-vida-severina-e-outros-poemas.html#more">clique aqui</a>) foi discutido sobre o poema, porém aqui deixo mais uma vez um recorte especial, aqui o link para o filme, onde também está disponível o making of e o livro em PDF (<a href="http://tvescola.mec.gov.br/index.php?item_id=5944&option=com_zoo&view=item">clique aqui</a>) para aqueles que se interessarem: assistir se mostrará tão eficaz quanto a leitura, de tão fiel que é.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- E esse povo lá de riba</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de Pernambuco, da Paraíba,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que vem buscar no Recife</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">poder morrer de velhice,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">encontra só, aqui chegando</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">cemitérios esperando.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Não é viagem o que fazem,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">vindo por essas caatingas, vargens;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">aí está o seu erro:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">vêm é seguindo seu próprio enterro.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>Morte e Vida Severina,</i> pag. 68)</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-23875734804110316832013-11-08T15:32:00.000-02:002014-02-23T20:45:22.639-03:00O Retrato de Dorian Gray, filme VS livro<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgbeDsHYSPVlgns69tOPM6qWvD_GuWLZ656o0LzIelhfkE1ZCUXFGEpoOd_2ITtc_KzeL1buEvg5_GVsrXlTv4XtN9yU_gJNZhuBHHPcrw8pxxhyphenhyphenqm-pe3h_gUKms6WPs1v6B3BapIXobz/s1600/RD.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgbeDsHYSPVlgns69tOPM6qWvD_GuWLZ656o0LzIelhfkE1ZCUXFGEpoOd_2ITtc_KzeL1buEvg5_GVsrXlTv4XtN9yU_gJNZhuBHHPcrw8pxxhyphenhyphenqm-pe3h_gUKms6WPs1v6B3BapIXobz/s320/RD.jpg" height="320" width="177" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Retrato de Dorian Gray,<br />
filme de 1945</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> O Retrato de Dorian Gray </i>(The Picture of Dorian Gray)<i>, </i>de Oscar
Wilde, foi o único romance escrito pelo autor irlandês, em 1890. Em 1945, a
Metro-Goldwyn-Mayer lançou o filme com mesmo nome. O filme, indicado ao Oscar
de 1946, é aqui analisado comparando-o ao livro. A história é sobre Dorian Gray,
um jovem belo e inocente que deseja que o retrato que Basil Hallward pintou
dele absorva a velhice e as expressões interiores (sentimentos que modificam a aparência), e que ele próprio continue para sempre o
mesmo, com a aparência de seus vinte anos. Dorian recebe influências negativas
de Lord Henry Wotton, e se transforma em alguém que não reconhece o sentimento
das pessoas ao seu redor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> O filme foi
dirigido por Albert Lewin e estrelado por George Sanders como Lord Henry, Hurd
Hatfield como Dorian Gray, Lowell Gilmore como Basil Hallward, Angela Lansbury
como Sibyl Vane e Donna Reed como Gladys Hallward.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnhQzaR3AuSIY3ddAU3Ab4z9CD64ja0rT3aB0V0L2zadmkzsk5UDzKvQX4wsXytu4ERywFWfOAXYQucHhOicDwtWhsc7BBskRh_I1bTu_xnWrcGHou6s0_IBpdYC5E4Zkm94aMsR323SC9/s1600/TPDG.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnhQzaR3AuSIY3ddAU3Ab4z9CD64ja0rT3aB0V0L2zadmkzsk5UDzKvQX4wsXytu4ERywFWfOAXYQucHhOicDwtWhsc7BBskRh_I1bTu_xnWrcGHou6s0_IBpdYC5E4Zkm94aMsR323SC9/s1600/TPDG.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dorian Gray e Sybil Vane,<br />
uma das cenas mais tocantes</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> O filme fala quase sempre as
mesmas falas do livro. Você reconhece até mesmo quando um personagem diz ou
pensa a fala de outro. Há um personagem que não deveria existir, como por
exemplo a Gladys, sobrinha de Basil Hallward apresentada logo no início, ainda
criança, e por quem Dorian se apaixona no final. Sibyl Vane é a garota por quem
Dorian se apaixona em ambos os dramas. Em um ela é atriz, em outro, cantora. Há
um gato egípcio que não consta nos escritos de Oscar Wilde, que é o que
possibilita o desejo de Dorian de acontecer.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIoZr4vCS_hKDM6mjl7EPAz3uaMT7DQLqNYLEyg1taEHuk_eF4pdm1fox9Ft9uuSsrPycYuYKHb7CRtP-UyHWrWdk61pYsROX43aCGUBIBApHHxaSzAfDLUsRppQZmcbJT9e5qBznIafwH/s1600/RDGR.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIoZr4vCS_hKDM6mjl7EPAz3uaMT7DQLqNYLEyg1taEHuk_eF4pdm1fox9Ft9uuSsrPycYuYKHb7CRtP-UyHWrWdk61pYsROX43aCGUBIBApHHxaSzAfDLUsRppQZmcbJT9e5qBznIafwH/s320/RDGR.jpg" height="249" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lord Henry, interpretado por George Sanders</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O narrador do
filme pareceu tirar a obrigação do ator que interpretou Dorian de atuar. Poucas
foram as cenas em que foi possível reconhecer alguma emoção no rosto de Hurd
Hatfield. No todo, ele ficou apenas lá, olhando indiferente para tudo e todos,
e o narrador lendo os escritos do livro ou acrescentando verdades. Isso me
chateou bastante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O ator que
interpretou Lord Henry atuou um tanto melhor. Devo lembrá-los de que não sou
nenhuma “analista” de cinema, mas devo dizer também que o filme não me agradou
pelas atuações principais e pela mudança de cenas que sinceramente acho que
seriam melhores se fossem como no livro. A atriz que interpretou Sibyl, no
entanto, trouxe algum charme para o filme, porque cantou uma música linda com
emoção (mas a Sibyl do livro não é cantora, apenas atua as peças de Shakespeare).</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDo-PkkvBGaQkKx-dfVYqyQwJ9Rym8IHnmzA_Aka1S297GfcN8h-B2IOXNDC86WxZ7UlW2cya5ZT_PGbg7427LASHCbbUeJQkG8U4-hCCgbLsRukpxa1ZBw7cdzg50fwPm1G-cKASM_sge/s1600/The_Picture_of_Dorian_Gray-_Ivan_Albright.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDo-PkkvBGaQkKx-dfVYqyQwJ9Rym8IHnmzA_Aka1S297GfcN8h-B2IOXNDC86WxZ7UlW2cya5ZT_PGbg7427LASHCbbUeJQkG8U4-hCCgbLsRukpxa1ZBw7cdzg50fwPm1G-cKASM_sge/s400/The_Picture_of_Dorian_Gray-_Ivan_Albright.jpg" height="400" width="192" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Picture of Dorian Gray, de Ivan Le<br />
Lorraine Albright</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O quadro que
aparece no filme foi pintado por Ivan Le Lorraine Albright, um artista norte-americano
que era conhecido por pintar o macabro. A finalização do quadro se deu com o
término das filmagens pois o pintor tinha que acrescentar detalhes conforme o
desenrolar da história. Atualmente a obra se encontra no Instituto de Arte de
Chicago.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O filme foi
indicado ao Oscar por Melhor Direção de Arte Preto e Branco, Melhor Atriz
Coadjuvante (Angela Lansbury) e ganhou por Melhor Cinematografia Preto e
Branco, além do Globo de Ouro por Melhor Atriz e o Hugo por Melhor Drama.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Pessoalmente não
gostei tanto do filme. No livro vi uma perfeição que não poderia ser
transferida para as telas, um apego enorme não me deixou curtir o filme como
deveria. Mas recomendo a todos que leiam o livro pois a história é muito
interessante, e o filme para quem gosta de antigos (lembre-se que teve
indicações ao Oscar!).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmTiOnwvEdb70JetzGxIXzdIcG-5Fh30OyvUmKldahjwP1BG7_QcU8mgKEZxrvD-3OgQ_xGYqkZt19WJRCTCVPW2_o-m8K90EZBlsPyEcTGoUufZHl0Q1RH-24azBdWIR8ccoG85Da3i5i/s1600/RDG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmTiOnwvEdb70JetzGxIXzdIcG-5Fh30OyvUmKldahjwP1BG7_QcU8mgKEZxrvD-3OgQ_xGYqkZt19WJRCTCVPW2_o-m8K90EZBlsPyEcTGoUufZHl0Q1RH-24azBdWIR8ccoG85Da3i5i/s320/RDG.jpg" height="320" width="243" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gladys e Dorian</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrCLvqseoXy48NUaL8R59FS1IUCsHYU6kJU-SvW69OS2O14-vHwYfUSAICVWMy010IJKGnXDOta2vPWguYvkiaGqw_hzcpfj48HUnpmohUl2GCVCECLDpkQTuCM3y_NFt-Tf-_vkCjdCr9/s1600/DG.jpg" imageanchor="1" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrCLvqseoXy48NUaL8R59FS1IUCsHYU6kJU-SvW69OS2O14-vHwYfUSAICVWMy010IJKGnXDOta2vPWguYvkiaGqw_hzcpfj48HUnpmohUl2GCVCECLDpkQTuCM3y_NFt-Tf-_vkCjdCr9/s1600/DG.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dorian e o Retrato de Dorian Gray</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">"Ao envelhecermos, nossa memória é assaltada pelas tentações que não tivemos coragem de vivê-las. O mundo é seu por uma estação. Seria trágico que compreendesse tarde demais que somente uma coisa vale a pena... a juventude." Lord Henry W.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Escrito por MsBrown</b></span></div>
<br />MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4986876816326307713.post-1991998441780148442013-10-20T12:07:00.001-02:002013-10-20T12:07:10.274-02:00Morte e Vida Severina e Outros Poemas Para Vozes, de João Cabral de Melo Neto<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> </span><i style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Morte e Vida Severina e Outros Poemas Para
Vozes, </i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">de João Cabral de Melo Neto, é a coleção de quatro poemas do autor
com temas parecidos: todos sugerem a morte e a vida no Nordeste. É um livro
dedicado a Rubem Braga e Fernando Sabino por terem a ideia <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2-ZlWbb3CwfzioP2JHkEIFOwriiVV3S2_r9xm57Kam6mPmEfXGC-fKNvvl5pZ7ZnrzL4ZIHzTnP71zg6nxRASTio3Hpyu5xBJLTJ87VMCt3mspfGSBHCskw5udQeEEDjrZvQZHNkw_JSR/s1600/MVS.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2-ZlWbb3CwfzioP2JHkEIFOwriiVV3S2_r9xm57Kam6mPmEfXGC-fKNvvl5pZ7ZnrzL4ZIHzTnP71zg6nxRASTio3Hpyu5xBJLTJ87VMCt3mspfGSBHCskw5udQeEEDjrZvQZHNkw_JSR/s320/MVS.jpg" width="215" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Poemas de João Cabral de Melo Neto</td></tr>
</tbody></table>
“deste repertório”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O que me chamou
a atenção para o autor João Cabral de Melo Neto foi a indicação de minha
professora do Ensino Médio. Decidi ler, depois de um tempo, <i>Morte e Vida Severina</i>. Pesquisei e
encontrei na internet o poema adaptado em HQ, <a href="http://tvescola.mec.gov.br/images/stories/publicacoes/morte_vida_severina/morte_vida.pdf">clique aqui</a>. Gostei tanto que fui
procurar na universidade o livro para ler novamente e encontrei este que traz
mais três poemas. O que eu posso dizer com certeza é: ainda bem que li.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> O Rio</i>, poema que dá início à obra, de
1953, relaciona a viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do
Recife. O Capibaribe percebe as alterações na paisagem natural e urbana
conforme corre seu curso, até desaguar no oceano. É um poema “diário de bordo”,
em que o personagem é o próprio rio, e expõe a miséria que encontra pelo
caminho, a miséria interior e exterior das pessoas. Não gostei muito deste
poema; na verdade, me pareceu um infinito “guia pelos rios do Nordeste”.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para trás vai ficando<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a triste povoação daquela usina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">onde vivem os dentes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">com que a fábrica mastiga.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Dentes frágeis, de carne,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que não duram mais de um dia;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">dentes são que se comem<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ao mastigar para a Companhia;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de gente que, cada ano<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">o tempo da safra é que vive,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que, na braça da vida,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">tem marcado curto o limite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vi homens de bagaço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Enquanto por ali discorria;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vi homens de bagaço</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que morte úmida embebia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>O Rio, </i>pag. 27-28)</span><o:p></o:p></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Em <i>Dois Parlamentos</i>, de 1960, o sertão é
comparado a um cemitério auto-suficiente e posteriormente o cenário é o de decadência
dos engenhos que perderam espaço para as usinas, e os trabalhadores de engenho
aqui são chamados “cassacos”, que é o nome popular para o gambá no Pernambuco. É
uma visão realista e triste de tudo o que estava acontecendo no Pernambuco.
Pessoalmente, o poema me emocionou em alguns momentos, pela simplicidade da
escrita e as comparações.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Todos esses mortos parece<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que são irmãos, é o mesmo porte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Se não da mesma mãe,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">irmãos da mesma morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— E mais ainda: que são irmãos gêmeos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">do molde igual do mesmo ovário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Concebidos durante<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a mesma seca-parto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Todos filhos da morte-mãe,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ou mãe-morte, que é mais exato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— De qualquer forma, todos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">gêmeos, e morti-natos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>Dois Parlamentos</i>, p</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ag. 87)</span><o:p></o:p></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Em <i>Morte e Vida Severina</i>, de 1955, João Cabral
de Melo Neto nos apresenta um conto de Natal pernambucano. Severino, como
tantos outros, é um retirante, à procura de melhor vida (um lugar que se possa
plantar e colher, um lugar onde não se morre de “velhice antes dos trinta”). Ao
longo do poema e de sua jornada, Severino encontra várias pessoas com as quais
dialoga. É um referencial histórico do Brasil, do homem sertanejo que retira. Delicioso
de se ler, um clássico nacional. Foi adaptado para o teatro, cinema e televisão.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E se somos Severinos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Iguais em tudo na vida,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Morremos de morte igual,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mesma morte severina:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que é a morte de que se morre<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de velhice antes dos trinta,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de emboscada antes dos vinte,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">de fome um pouco por dia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(de fraqueza e de doença<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">é que a morte severina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ataca em qualquer idade,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">e até gente não nascida). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>Morte e Vida Severina</i></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">, pag. 46)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Como a morte aqui é tanta,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">só é possível trabalhar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">nessas profissões que fazem da morte ofício ou
bazar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>Morte e Vida Severina</i></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">, pag. 57)</span><o:p></o:p></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i> O Auto do Frade</i>, de 1984, relata em
forma de poesia o momento histórico da morte do Frei Caneca. Joaquim da Silva
Rabelo, ou Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, ou simplesmente Frei Caneca, envolveu-se
na Revolução Pernambucana (1817) e na Confederação do Equador (1824) e foi
condenado à forca por rebelião contra as ordens de sua Majestade Imperial. É um
poema-denúncia da hipocrisia das pessoas envolvidas. Lembrou-me do livro <i>O
Último Dia de Um Condenado</i>,
de Vitor Hugo, por apresentar alguém que terá em breve sua morte “pela justiça”.
Um fato interessante é que três carrascos se recusaram a enforcar o Frei, por
sua religiosidade, bem descrito no poema.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A gente nas calçadas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— A corda não serve de nada,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">não o arrasta nem o detém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— É para mostrar que esse homem<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">já foi homem, era uma vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Essa corda é para mostrar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que ele já é menos que gente. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>O Auto do Frade</i></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">, pag. 111-112)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um oficial:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">— Que ninguém se aproxime dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ele é um réu condenado à morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi contra Sua Majestade,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">contra a ordem tudo que é nobre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Republicano, ele não quis<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">obedecer ordens da Corte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Separatista, pretendeu<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">dar o Norte à gente do Norte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Padre é para rezar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">pela alma, mas não contra a fome. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">(NETO, João Cabral de Melo. <i>O Auto do Frade</i></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">, pag. 113)</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escrito por MsBrown</span></b></div>
MsBrownhttp://www.blogger.com/profile/17651161573558818078noreply@blogger.com1