"A arte é uma magia que liberta a mentira de ser verdadeira" Theodor Adorno

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Doce Vingança de Nora Roberts

"Ninguém a conhecia. Nem mesmo Celeste compreendia plenamente os conflitos e dúvidas que a dominavam."
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Feérica, de Carolina Munhóz

"As fadas existiam porque humanos ainda acreditavam em sua existência. Violet decidiu que já era hora de mostrar que eles tinham motivo para isso."
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Especial de Aniversário de Clarice Lispector: A Hora da Estrela e Um Sopro de Vida

"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens."
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Biografia de Harrie Stowe

"Eu sinto que agora é o tempo em que mesmo uma mulher ou criança que sabem falar uma palavra de liberdade e humanidade é obrigado a falar..."

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O Livro das Princesas, Meg Cabot - Paula Pimenta - Lauren Kate - Patrícia Barboza

   O Livro das Princesas, lançado em 2013 no Brasil, é uma coletânea de contos de fadas modernizado. Quatro escritoras de grande sucesso entre o público infanto-juvenil e jovem adulto se uniram para nos contar novas histórias baseadas nos contos clássicos que conhecemos. Além dessa seleção especial de autoras, o livro é recomendado por uma das princesas mais conhecidas da literatura juvenil, a Sua Alteza Real, Princesa Mia Thermopolis, de Genovia (personagem criada por Meg Cabot em O Diário da Princesa que virou Best-seller e foi inspiração para dois filmes da Disney).

   Meg Cabot, autora estadunidense famosa por A Mediadora e O Diário da Princesa, contribuiu com a pequena história baseada no conto A Bela e a Fera, com o título A Modelo e o Monstro.
Meg Cabot, autora de
A Modelo e o Monstro
   Belle e Adam conseguem muito bem atrair a atenção de qualquer pessoa. No entanto, as razões para que isso aconteça são controvérsias. Ela é uma linda modelo; ele, um rapaz que vive no escuro para que ninguém o veja e se assuste… Eles se conhecem num cruzeiro luxuoso que zarpa de Miami a São Paulo, numa situação pra lá de desagradável. Sendo salva por Adam, Belle sente-se na obrigação de agradecê-lo pessoalmente – será que estão preparados para julgar e serem julgados por sua aparência?
   Leio Meg Cabot desde que estava na pré-adolescência. Ela sempre fez com que eu me divertisse com suas histórias, me ensinou que a literatura é universo lindo para se viver. Esse conto não conseguiu transmitir a mim a sensação de que a história era real, que poderia acontecer. Ficou aquele pensamento de que se talvez fosse um pouco maior a história, melhor as personagens estariam inseridas no mundo que imita a realidade.

— (…) Ficou tão preocupado de eu não gostar de você pela 
sua aparência que nem me deixou vê-lo.
— Ora essa, e eu tinha razão, não tinha? No segundo 
em que viu meu rosto, você desmaiou. 
(CABOT, Meg. O Livro das Princesas, A Modelo e o Monstro, pag. 56)

   Paula Pimenta, autora brasileira conhecida pelas séries Fazendo Meu Filme e Minha Vida Fora de Série, escreveu Princesa Pop, baseado no conto Cinderela.
Paula Pimenta, autora de Princesa Pop
  Com muita cautela e amarrando todos os pontos, Paula Pimenta conta-nos a história de Cintia Dorella, uma garota de 17 anos que vive com a tia e divide seu tempo entre a escola e o trabalho como DJ à noite (o combinado é que chegue em casa sempre a meia-noite em ponto!). Um comunicado da diretora da escola muda o rumo da história de Cintia. A diretora proibiu celulares no ambiente escolar, e como Cintia conseguirá conversar com a mãe, que mora atualmente no Japão, agora que não poderá usar a tecnologia no único horário que o fuso horário permite? Numa ação desesperada, Cintia liga para o pai pedindo para que ele convença a diretora a mudar de ideia, porém o pai quer algo em troca. Quer que Cintia compareça à festa de aniversário de 15 anos das filhas de sua nova esposa. Coincidentemente, Cintia também será a DJ nessa festa, mas o pai não pode descobrir; ainda bem é festa fantasia! Na festa, conhece o famoso Fredy Prince, o cantor “príncipe” das adolescentes brasileiras. E ele gosta tanto dela, mesmo sem ter visto seu rosto, que está disposto a enfrentar a imprensa para conseguir vê-la novamente e poder entregar o tal sapatinho de “cristal” – um All Star customizado. Mas será que a bruxa má (a madrasta) e as bruxinhas (filhas da madrasta) irão deixar que eles se encontrem?
   Esse é o conto mais longo de todos que compõe essa antologia. Quem acompanha a Paula Pimenta sabe como essa escritora não poupa palavras para deixar o texto bem coerente e a história fluida, que consegue envolver o leitor e ainda o faz se identificar. Já li outros livros da autora (até agora suas duas séries), e espero continuar a ler mais. Ela faz qualquer história parecer mais que especial, e deu um novo sabor à famosa Cinderela.

— Mas quem sabe, né? Às vezes uma pessoa especial pode 
estar bem na nossa frente e não conseguimos enxergar pelo 
fato de ela estar escondida atrás de um disfarce, fingindo ser quem não é…
(PIMENTA, Paula. O Livro das Princesas, Princesa Pop, pag. 113)

   Lauren Kate, autora estadunidense que fez sucesso com Fallen, trouxe uma nova perspectiva para a história A Bela Adormecida, aqui sob o título Eclipse do Unicórnio. Mesclando o mundo fantástico com o real, Lauren Kate recria a profecia da Bela Adormecida.
Lauren Kate, autora de Eclipse do Unicórnio
   Aqui, em seu nascimento, a princesa Talia recebe os anjos e o Anjo da Justiça, agora conhecido como Darnile, presenteia o bebê com uma promessa de ferida fatal quando cobiçar o unicórnio alheio; o Anjo do Amor, que ainda não tinha dado seu presente, tenta moderar a situação, fazendo com que, quando a princesa se ferir com o chifre do unicórnio, não morrerá, mas cairá em sono profundo até que, em dia de eclipse e na presença de um unicórnio e algo mais, ela poderá acordar.
Percy é um garoto de Baltimore, nos EUA, que está com o coração partido porque a namorada decidiu ficar com outro garoto. Abatido, ele parte numa excursão escolar à França e, pensando que viajar seria o maior tédio e ainda mais triste por estar num país romântico, ele se descobre numa aventura fantástica ao encontrar um unicórnio belíssimo que atende pelo nome de Rose.
   O conto de Lauren Kate me fascinou. Sua escrita é delicada, pinta um cenário coerente e em poucas páginas conseguiu construir o que considerei uma boa história, numa boa dose de fantasia e realidade. Essa foi minha única leitura desta autora, e fico feliz por tê-la lido; espero conhecer suas outras obras.

Seu sonho parecia um conto de fadas. E aquele tipo de fantasia 
não se torna realidade. Não para caras como Percy. Entretanto, 
ele estava postado na beira do altar, curvando-se para uma menina 
linda e adormecida, medindo a distancia entre os lábios dela e os dele. 
(KATE, Lauren. O Livro das Princesas, Eclipse do Unicórnio, pag. 233)

  Patrícia Barboza, autora brasileira que encanta o público infanto-juvenil com as histórias das meninas de As Mais, escreveu Do Alto da Torre, baseado em Rapunzel.
Patrícia Barboza, autora de Do Alto da Torre
   Numa tentativa ousada de trazer o conto para a modernidade e preservando as características marcantes da Rapunzel, a personagem principal de Patrícia Barboza é a Camila Soares, do Rio de Janeiro, uma garota que desde os 11 anos foi proibida de cortar o cabelo por conta de uma promessa que sua tia fez. A tia aqui é a madrinha, porém não é má, e a torre da história é um nome carinhoso que Camila deu ao apartamento no 12º andar. Camila adora cantar e seu melhor amigo posta seus vídeos cantando Katy Perry na internet, sob o nome de Mila Tower. É sabido que no colégio muita gente gosta da Mila Tower, porém será que gostarão da Camila Soares também?
   Confesso que esperava mais dessa história. Ainda não tive a oportunidade de ler a série As Mais, e sempre tive curiosidade para saber o estilo de escrita da Patrícia, como suas ideias se punham no papel. Não me decepcionei, só tive a sensação de que faltava um tempero; talvez se a história fosse mais longa eu conseguisse sentir isso, ou talvez minhas expectativas fossem demasiadas altas, pois várias resenhas na internet elogiaram esse conto. Gostei do destino final que teve a cabeleira da Camila, achei interessante como a garota usou seus recursos para fazer o bem. A relação dela com sua tia me pareceu muito especial, conseguiu transmitir a preocupação, o carinho e amor entre as duas.

Antologia de contos modernos,
com Cabot, Pimenta, Kate e Barboza
— E como seria a princesa de verdade dos dias atuais?
— Ah, uma princesa sem frescura! — Ela levantou e começou a rodopiar pela sala. — Que corre atrás do que quer. Que é decidida, destemida. Desistir dos sonhos por causa do suposto príncipe, para poder ficar com ele? Princesas modernas nunca fazem isso! Se o príncipe quiser acompanhá-la e dar todo o apoio, ótimo. Até porque, se ele não entender as necessidades da princesa, não é príncipe, mas um tremendo de um sapo. E nada de chorar! O mundo é muito grande e cheio de gente para se gastar tempo chorando por causa de uma única pessoa. 
(BARBOZA, Patrícia. O Livro das Princesas, Do Alto da Torre, pag. 253)



Escrito por MsBrown
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domingo, 16 de novembro de 2014

Divã, de Martha Medeiros

Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, 
porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. 
Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, 
e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo.
(MEDEIROS, Martha. Divã, pag. 11)

   Divã é a primeira novela escrita por Martha Medeiros, lançada em 2002. Consagrada pela crítica, recebeu os seguintes elogios da autora Lya Luft: “Gosto demais do que Martha escreve: toca em sentimentos sem ser sentimentaloide, é bem-humorada sem ser superficial, é irônica sem ser maldosa.”
  Divã conta a história de Mercedes, uma mulher com mais de 40 anos que procura a psicanálise. É casada, tem filhos, é professora particular de Matemática e parece viver uma vida comum, uma vida pacote de classe média, onde tudo aparentemente acontece sem novidades, sem exageros, sem grandes emoções. Mercedes quer se entender, quer dar a voz à mulher que existe dentro dela, que é mais ousada, mais faminta por novas vibrações. Lopes é seu psiquiatra, o homem a quem dirige todas as falas, que a ajuda a raciocinar quem é a Mercedes que quer se mostrar ao mundo.

Não estou vivendo perigosamente. Troque o perigosamente por intensamente, inconsequentemente, apaixonadamente. Não há perigo. Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções.
(MEDEIROS, Martha. Divã, pag. 61)

Divã, de Martha Medeiros
   O livro é narrado por Mercedes, no consultório, falando com Lopes. Por três anos manteve regular sua ida ao psiquiatra. Em três anos de sua vida e em cerca de 160 páginas, os leitores podem observar de perto a transformação de uma mulher ansiosa por sair da acomodação que vive com o marido e os filhos, e migrar para uma vida de aventuras, de novas ideias e sentimentos transbordantes que antes pensava que não ia sentir. É uma linha do tempo, porém com momentos de lembranças do passado, da mãe que morreu quando Mercedes era criança, dos namorados antigos, da sensibilidade aos barulhos do marido Gustavo que se tornaram quase indistinguíveis do silêncio, da sua relação com Mônica, sua amiga, e a narrativa da trajetória recente, dos amores recentes, da filosofia em constante mudança, da metamorfose do corpo e das impressões deixadas pela idade.
   Divã possui uma narrativa muito especial: nos leva ao consultório do psiquiatra Lopes, nos permite relaxar numa poltrona e ouvir o que essa mulher tem a dizer sobre sua vida. Conheci o filme primeiro e por ter gostado tanto, fiquei muito feliz ao saber que tinha sido originado a partir de um livro, que finalmente tive a oportunidade de ler na íntegra. Apesar de ser sobre uma mulher com seus 40 anos, é um livro sobre experiências e, portanto, várias faixas etárias podem aprender/refletir sobre o que foi escrito.
   Divã foi adaptado para o teatro e depois cinema, em 2009, com o filme homônimo, estrelado por Lilia Cabral, José Mayer como Gustavo, Alexandra Richter como Mônica e dirigido por José Alvarenga Jr. e para a televisão, todos com Lilia Cabral.

Vidas não são entregues em kits personalizados, compostos 
por dois sonhos, meia dúzia de projetos e uma única maluquice: 
essa costuma ser a munição que cada pessoa recebe ao nascer, 
para que a ordem seja mantida na sociedade. Eu aceito a parte que 
me toca, mas ninguém me impede de incrementar o dote.
(MEDEIROS, Martha. Divã, pag. 168)


Escrito por MsBrown
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domingo, 19 de outubro de 2014

O Mágico de Oz, livro vs filme

"Quem imaginaria que uma boa garotinha poderia destruir minha bela maldade?" 
— A Bruxa Má do Oeste
   
   O Mágico de Oz (The Wizard of Oz) é um filme lançado em 1939 baseado na famosa história escrita por L. Frank Baun (The Wonderful Wizard of Oz). Foi dirigido por Victor Fleming e estrelado por Judy Garland como Dorothy Gale, Frank Morgan como o Mágico, Billie Burke como Glinda, Margareth Hamilton como Bruxa Má do Oeste, Ray Bolger como Espantalho, Bert Lahr como o Leão Covarde e Jack Haley como o Homem de Lata.
O Mágico de Oz, filme de 1939
   O Mágico de Oz conta a história de Dorothy Gale, uma garota que vive com os tios e seu cachorro Totó em Kansas, nos Estados Unidos. Após um tornado, sua casa aterrissa  na Terra de Oz e, apesar de o lugar ser belo, Dorothy quer voltar para casa com Totó, assim iniciando sua jornada em que irá conhecer três personagens únicos que a acompanharão durante a caminhada pela estrada de tijolos amarelos até o Mágico de Oz.
  A introdução do filme é mais longa que as primeiras páginas do livro. No primeiro, temos cenas com várias pessoas na fazenda dos tios de Dorothy, tia Em e tio Henry, e ocorre uma confusão com Almira Gunch que é dona de quase metade do condado e que quer prender o cachorro de Dorothy, pois ele a mordeu: o acumulado de pessoas que nestes momentos não dão muita atenção ao que Dorothy tem a dizer e o fato de seu cachorro correr o risco de ser levado embora faz Dorothy fugir de casa. Após encontrar um senhor que lê bola de cristal, a garota volta para casa pois pensa que tia Em está doente. E apenas aí começa o tornado, que a leva até a Terra de Oz. No livro, o tornado ocorre nos primeiros momentos, sem dar espaço para introdução de outros personagens que não tia Em, tio Henry, Dorothy e Totó.
   A casa flutuando pelos ares e a transição de um filme que de início é sépia para um arco-íris tão belo e vivo são marcas de O Mágico de Oz. Quando Dorothy chega a Oz, na terra dos pequenos Munchkins, eles a honram por sua casa ter caído em cima da Bruxa Má do Leste. Nesta cena ela conhece Glinda, a Bruxa Boa do Norte, que dá os famosos sapatos rubis para a garota. Sua jornada começa com o desejo de voltar para casa, em Kansas, e, para isso, é necessário encontrar o grande e poderoso Mágico de Oz, que poderá realizar seu desejo. No caminho, Dorothy conhece o Espantalho, o Homem de Lata, o Leão Covarde e juntos passam por dificuldades, porém continuam persistindo pois têm desejos, sendo cérebro, coração e coragem, respectivamente, para os novos amigos de Dorothy.
   Primeiro conheci o filme, depois o livro, embora sempre soubesse da existência do último. Tinha gostado, o visual era interessante, as falas eram cativantes, porém achava as músicas cansativas. Agora que assisti novamente, sabendo então os verdadeiros diálogos, as aventuras completas desse grupo, aproveitei melhor o filme. Desta vez, as músicas de introdução dos novos amigos de Dorothy foram especiais para mim, assim como Over the Rainbow, que é clássica.
   Vários detalhes não tiveram espaço no filme, o que não quer dizer que ficou vazio; na verdade, pensando em tudo o que acontece no livro, talvez ficasse até exagerado colocar todas as cenas originais. Os personagens da pequena história antes do furacão existem apenas no filme.
   O Mágico de Oz ganhou o Oscar por Melhor Música Original pela canção “Over the Rainbow” e Melhor Trilha Sonora Original, sendo indicado em mais quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Cinematografia em Cores, Melhor Direção de Arte, Melhor Efeito Especial, além de concorrer a outros prêmios importantes. Judy Garland recebeu o Oscar juvenil por reconhecimento de sua atuação neste filme.
  
You better watch this movie, or I will send monkeys after you!

Escrito por MsBrown
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sábado, 4 de outubro de 2014

O Dia em Que Nate Entrou Para a História , de Lincoln Peirce

   O Dia em Que Nate Entrou Para a História (Big Nate in a Class By Himself), de Lincoln Pierce, lançado em 2010 nos Estados Unidos, é mais uma história sobre um garoto que gosta de criar tirinhas e que apronta muito na escola ou onde estiver. No estilo Diário de Um Banana, e recebendo a aprovação do próprio Jeff Kinney “Nate é muito engraçado, um sucesso”, o primeiro volume da série traz muitas risadas, escrita leve e rápida e vários desenhos divertidos.
O Dia em Que Nate Entrou Para a História
de Lincoln Peirce
   Após abrir um biscoitinho da sorte com os dizeres “Hoje você vai superar todos os outros”, Nate sabe que seu dia será espetacular. O que ele não esperava é que quase tudo desse errado, mas mesmo assim continuou a procura por aquilo que o faria superar todos os outros. Com a companhia fiel de Francis e Teddy, as aventuras do menino de cabelo espetado que sempre é mandado à sala de castigo estão apenas começando.
   Gostei do livro porque não é pretensioso. Fala sobre coisas que as crianças gostam de fazer, de brincar com os amigos e tentar se destacar no meio estudantil, através da comédia. Esses livros, "romances em quadrinhos" que estão cada vez mais conquistando as pessoas, são exclusivos para diversão. Diferente da série As Aventuras do Capitão Cueca, esses novos romances em quadrinhos são sobre meninos e meninas normais, que frequentam a escola, têm amigos, têm sonhos e possuem imaginação hiperativa, porém no universo da ficção que mais se assemelha à vida real.
   O Dia em Que Nate Entrou Para a História é uma ótima leitura para quem precisa relaxar um pouco. Embora dedicado ao público alvo mais infantil, todas as idades podem se divertir com as aventuras desse menino de cabelo espetado que, em primeira instância, terá que superar todos os outros.

A minha SORTE é que é maravilhosa. O dia de hoje parecia que 
ia ser uma chatice e de repente deu a maior virada! (...)
- Superar todos os outros? - pergunta ele. - Superar os outros EM QUÊ?
- Sou um homem de muitos talentos. Pode ser qualquer coisa!
(PEIRCE, Lincoln. O Dia em Que Nate Entrou Para a História, pag. 71-72)

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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fala Sério, Pai!, de Thalita Rebouças

Pais, a realidade é dura. Somos nada, somos apenas um 
parque de diversões momentâneo enquanto não chega ela, 
a verdadeira rainha do lar, a dona da banca, a estrela da novela, 
a pessoa mais importante na vida dos seus filhos: a mãe. 
(REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, pai!, p. 34)

   Fala Sério, Pai!, de Thalita Rebouças, lançado em 2009, é um dos livros mais deliciosos de ler que já tive o prazer de adquirir. Nenhuma página se passa sem uma risada, sem uma visão engraçada da realidade da convivência entre pais e filhos. 
   Neste volume, parte de uma série de outros 5 livros, Thalita Rebouças narra pelos olhos de Armando, o pai da já famosa Malu, as aventuras dessa dupla pai-filha desde a primeira crônica de um sopro de vida: o nascimento de Malu. A seguir, cada capítulo descreve um acontecimento de um ano da vida dela. Na maternidade, o primeiro amor, o corte de cabelo, aquele em que meninos são bobos, aquele em que Armando fez papel de pai-mico, ih, a madame Silicone, o papai meste-cuca e outros, até chegar no voo solo, quando Malu sai de casa para viver suas aventuras agora sem ele, o melhor pai do mundo. Malu também nos permite ver o mundo como ela, na segunda parte do livro. E percebemos, tamanho humor, que tal pai tal filha!

Fui para perto do berço e não conseguia parar de 
olhar para Maria de Lourdes. Absolutamente hipnotizado, 
idiotizado, encantado. Ela era perfeita, tinha saúde e muito, 
muito cabelo. Extasiado, constatei que aquele, sim, era o melhor 
gol da minha vida. Um gol de placa. 
(REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, pai!, p. 21)

Fala sério, pai!, de Thalita Rebouças
   Armando adora a Maria de Lourdes, que após alguns anos vira só Malu, para os íntimos exceto a mãe, mas às vezes essa menina que nasceu com cara de joelhinho esquisito e que abria o maior berreiro em muuuuitas ocasiões o deixa sem saber o que fazer. Pai de primeira viagem, Armando aprendeu muito sobre crianças, e sobre meninas, quando se viu no papel de homem mais engraçado do mundo, pai mais legal... mas só durava quando estava só; era só a mãe da menina chegar e, bum!, ele não era ninguém. Armando narra suas aventuras como pai-mico, pai que não sabe tudo e que não sabe dizer "não", porém não perde o posto de pai mais divertido. Malu passa por todas as fases de sua vida tendo o pai ao seu lado, seja para aprontar travessuras junto, seja para receber broncas, seja para ouvir conversas de seu pai com sua mãe sobre ela cheias de indignação. 
   Já me considero fã da Thalita Rebouças pois acompanho suas crônicas lançadas no site da Veja Rio, clique aqui, e não há texto dela que não me atinga lá onde está guardado meu bom humor. Fala Sério, Pai! foi o primeiro livro dela que li, e adorei. O humor dessa carioca é transcrito perfeitamente no papel, impossível não arrancar umas risadas de qualquer leitor, seja pai, seja filho.

Meu pai estava tão frágil, tão tristinho… tão menino. E eu me senti na 
obrigação de tomar conta do meu pai-menino naquela hora. Muito 
estranho esse negócio de virar pai dos nossos pais. De repente, do nada, 
parece que eles são seres indefesos, que precisam mais da gente do que a gente deles. 
(REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, pai!, p. 253)

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, de Paula Pimenta

Se quisesse uma Nicole, eu teria conseguido há muito tempo. 
Igual a ela, eu já tinha encontrado várias outras… Mas não era 
isso o que eu queria. Eu queria uma Priscila. Eu queria a Priscila. 
(PIMENTA, Paula. Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, pag. 146)

   Paula Pimenta dá continuação à história de amor entre Priscila e Rodrigo depois de um hiato, em sua segunda temporada. Agora os protagonistas estão mais velhos, com seus 15-17 anos, e as questões com que lidam se tornam mais complicadas e intensas. Em Minha Vida Fora de Série — 2ª Temporada, lançado em 2013, cada capítulo é um preparo para o leitor ansiar ler o próximo e, o melhor do livro é que o leitor não precisa esperar pela semana seguinte para saber como será o próximo episódio dessa história.
   O cenário varia entre Estados Unidos e Brasil. Na viagem de Priscila à Disney, além de se divertir no parque ela comete um pequeno deslize que poderia estragar seu
Minha Vida Fora de Série, 2º volume,
de Paula Pimenta
relacionamento com Rodrigo; nos EUA, ela conhece Patrick, o filho da proprietária da agência de Turismo, que é o charme em pessoa. Quando volta ao Brasil, para Belo Horizonte, não consegue parar de pensar nele, assim afastando seu namorado.

Ele estava totalmente certo… Eu vinha dando uma importância muito grande ao que tinha acontecido, quando na verdade deveria encarar aquilo apenas como um encanto a mais da viagem. Como se tivesse sido algo efêmero, como uma miragem que nos deixa em dúvida se aconteceu na realidade ou se foi apenas a nossa mente que fantasiou. 
(PIMENTA, Paula. Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, pag. 129)

   Após muitos conselhos e destino, Priscila percebe que tem que salvar sua relação de ficar ainda mais fria. Como está no segundo ano do Ensino Médio agora, tem que estudar para o vestibular, participa do Grêmio, do Conselho Escolar e tudo isso fica no caminho entre ela e Rodrigo, embora não seja sua intenção.
   Rodrigo, por sua vez, em sua viagem à Bahia, passou a ser o baterista de uma banda, quando tocavam em barzinhos. A vocalista da banda logo se interessou por ele, embora Rodrigo ficasse só pensando na Priscila. Aí se segue uma pequena confusão que o deixou até desorientado, e que fortaleceu o que sentia por sua namorada. De volta a Belo Horizonte, ele e Priscila tentam consertar a situação.
   O livro é narrado em primeira pessoa, por Priscila e Rodrigo, embora o garoto narre apenas alguns capítulos. Isso dá um diferencial para a história, ficamos conhecendo-a pelos dois lados. Temos novamente os emails, as mensagens de celular, os capítulos que começam com uma frase das séries de televisão que Priscila assiste e listas de músicas. Escrito com cuidado, com capítulos curtos e todas as pontas atadas, com personagens masculinos que realmente parecem homens, Paula Pimenta faz qualquer leitor estar em Belo Horizonte observando a vida dessas personagens tão queridas em histórias que poderia acontecer com qualquer adolescente brasileiro.
   Para quem conhece a série Fazendo Meu Filme e está com saudade das personagens de lá, a Priscila e o Rodrigo também fazem parte da vida deles e neste livro há spoilers sobre o primeiro livro da outra série.

Eu já tinha percebido que, quanto mais ficávamos juntos, 
mais queríamos ficar… E o contrário também acontecia. 
Simplesmente nos acostumávamos a ficar longe. Passávamos 
a não nos importar tanto com a distância. Não a física; afinal, 
continuávamos a nos ver todos os dias no colégio. Mas era como 
se fôssemos amigos que se beijavam. Aliás, que nem se 
beijavam mais tanto assim… 
(PIMENTA, Paula. Minha Vida Fora de Série, 2ª Temporada, pag. 257)

   Eu sempre fico com o pé atrás quando se trata da Paula Pimenta, mas agora que já li a maioria de seus livros, acho que me livrarei disso. Acontece que ela escreve muito bem, simples, e suas histórias também são simples, do cotidiano de um adolescente. Sempre a espero cair no clichê, ficar sem graça, sem causar emoção, e estou ERRADA a todo o momento. Acho que a Paula é a escritora brasileira que mais me faz sentir algo, ela conecta seus personagens com os nossos pensamentos, anseios e medos. Seus livros são caprichados, lindos, e para a alegria dos editores, já viraram Best-sellers! Tenho que reconhecer que a Paula Pimenta precisa escrever mais e mais livros, ela tem que continuar a encantar os leitores, a emocionar as pessoas.

Escrito por MsBrown
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Adeus, Mr. Chips, James Hilton

    Uma carreira decente, decentemente encerrada; três vivas para o velho Chips, gritaram todos naquele ruidoso jantar de fim de ano letivo.
    Com efeito, três vivas; mas outros mais viriam, um epílogo insuspeitado, um bis dedicado a um auditório trágico.
(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 13)

   Mr. Arthur Chipping é um professor em Brookfield que mora na pensão de Mrs. Wickett. Já velho, porém não doente, relembra seus dias na escola, sempre falando Latim e fazendo piadas para seus alunos homens. Adeus, Mr. Chips (Goodbye, Mr. Chilçlops), de James Hilton, escrito em 1933 na Inglaterra, é um livro que diz adeus a uma das pessoas que viu a escola nascer e se desenvolver, passar por bons e maus momentos. É sobre um homem que viveu o bastante para presenciar a Guerra Franco-Prussiana, a I Guerra Mundial e ensinar gerações de alunos.
  James Hilton criou um homem simpático, um livro inspirador. De poucas páginas, linguagem simples, foi lido rapidamente e deixou algo especial. Uma vida, vista por outros um tanto quanto solitária, na verdade foi vivida para os outros, para o divertimento de jovens alunos, da mulher, Katherine, com quem se casou em certo momento, a mulher que na véspera de casamento disse “Goodbye, Mr. Chips”.
Adeus, Mr. Chips, o livro
aqui resenhado

 — Este é um momento solene, tu compreendes... O nosso último adeus. Eu me sinto mais ou menos assim como um aluno no primeiro dia de aula contigo. O que tenho não é medo, note bem, mas apenas respeito, muito respeito. Devo dar-te senhoria? Ou o direito será dizer “Mr. Chips?” Acho que “Mr. Chips” fica melhor. Adeus, então. Adeus, Mr. Chips...
(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 29)

   Tendo começado a lecionar em Brookfield em 1870, Mr. Chips, assim apelidado, é uma homenagem do autor ao seu pai, que foi professor, e um tributo à profissão de lecionar. Escrito em apenas quatro dias por um homem com trinta e três anos, Adeus, Mr. Chips foi primeiro lançado na Inglaterra em 1934 e quando aterrissou o território americano fez tanto sucesso que estabilizou o autor por toda a sua vida.
   Em 1939 foi lançado o filme de mesmo nome, dirigido por Sam Wood e estrelado por Robert Donat, como Mr. Chips, Greer Garson como Katherine, recebendo Oscar por Melhor Ator e sendo indicado no mesmo prêmio para Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição de Filme.

Pela primeira vez em sua vida Chips se sentiu necessário 
— e necessário a algo que estava muito perto de seu coração. 
Não há no mundo sensação mais sublime e por fim ele a tinha.
(HILTON, James. Goodbye, Mr. Chips, pag. 92)    

Escrito por MsBrown
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